22 jun, 2022 - 08:10 • Redação
Portugal é o terceiro país da Zona Euro onde o preço dos alimentos mais cresceu. O cabaz subiu de 3,3% para 10,9% em maio, sendo o valor mais elevado de sempre e a terceira maior subida na Zona Euro.
Escreve o "Jornal de Negócios" que o preço do cabaz de produtos alimentares subiu pela primeira vez dois dígitos.
Embora o Banco Central Europeu (BCE) admita que a inflação “modere no médio prazo”, alerta que, até lá, os produtos deverão continuar a ficar mais caros.
Segundo o Eurostat, os preços dos produtos alimentares, álcool e tabaco registaram um crescimento homólogo no mês de maio de 7,5% na Zona Euro, o que representa uma subida de quatro pontos percentuais face a janeiro.
Em Portugal, um dos 11 países da moeda única com variações acima da média, a aceleração desde janeiro foi de 7,6 pontos percentuais. Pior só a Lituânia e a Letónia, que tiveram aumentos de 9,5 e 7,9 pontos percentuais, respetivamente.
Num relatório publicado na terça-feira, o BCE indica que a inflação nos alimentos “aumentou significativamente nos países da Zona Euro que estão mais expostos às importações agrícolas da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia”, o que não é o caso de Portugal. Aponta, assim, três razões possíveis para o cenário português: o elevado consumo de energia na produção e processamento de alimentos; a necessidade de gás natural na produção de fertilizantes; e as margens de lucro no retalho.
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