31 jul, 2022 - 13:00 • Redação com Lusa
O presidente da Endesa avançou que a eletricidade vai sofrer um aumento de, pelo menos, 40% até ao final deste verão. O Ministério do Ambiente e Ação Climática assegura que “o mecanismo ibérico não gera défice tarifário”.
Segundo Nuno Ribeiro da Silva, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, em causa está o mecanismo aplicado a Portugal e Espanha e que permite um desconto nos preços do gás natural, que é utilizado para produção de eletricidade. O problema é que essa diferença será paga pelos consumidores.
O presidente da Endesa diz que a “desagradável surpresa” deve aplicar-se a todos os novos contratos e àqueles que cumpram um ano. Garante ainda que esta subida não é responsabilidade das elétricas, mas uma consequência do "travão ibérico" acordado com Bruxelas na sequência da escalada dos preços por causa da guerra na Ucrânia.
Em comunicado enviada à redação, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática fala em alarmismo.
O Governo rejeita estas declarações e diz que não há qualquer justificação para um aumento de preços tão significativo e que este mecanismo ibérico não gera défice tarifário.
O gabinete do ministro António Costa Silva lembra que "o mercado livre tem outros comercializadores e os consumidores poderão sempre procurar melhores preços; os consumidores poderão também aderir à tarifa regulada que foi reduzida em 2,6 no segundo semestre deste ano".
O comunicado sublinha que este mecanismo reforçou a proteção ao país, mas que o Governo “continuar a apostar estruturalmente na aceleração das energias renováveis”.
O governante referiu também que não existe um défice tarifário associado ao mecanismo, tendo em conta que os custos são "integralmente pagos" pelos beneficiários do mesmo.
Notícia atualizada às 16h40, com declarações de João Galamba
"Temos que trabalhar para evitar que a crise do gá(...)