05 set, 2022 - 20:33 • Inês Braga Sampaio
O Governo vai propor à Assembleia da República (AR) a redução da taxa do IVA sobre a eletricidade de 13 para 6%, anunciou o primeiro-ministro, esta segunda-feira.
Na conferência de imprensa de divulgação das medidas de combate à inflação, António Costa referiu que a medida será proposta a discussão com caráter de urgência, de modo a entrar em efeito até 1 de outubro.
Questionado pela Renascença, o chefe do Executivo salientou que a medida aplica-se apenas às taxas de 13%. As parcelas da fatura da eletricidade com IVA de 23% manter-se-ão nesse valor.
Pagamentos serão feitos diretamente. Um casal com (...)
O Governo também permitirá aos consumidores de gás o regresso ao mercado regulado, algo que, segundo António Costa, pode poupar mais de 10% da fatura do gás às famílias portuguesas.
"A entidade reguladora para os serviços energéticos já limitou a 3,9% o aumento da tarifa regulada a partir de outubro, o que significa que, já no próximo trimestre, o preço do mercado regulado será inferior ao que hoje é cobrado no mercado livre. Mesmo sem ter em conta os aumentos já anunciados no mercado livre, o agregado de um casal com dois filhos verá o preço da fatura cair 10% se mudar do mercado livre para o mercado regulado", assinalou.
Costa também anunciou o prolongamento da vigência até ao final do ano das seguintes medidas: suspensão do aumento da taxa de carbono, devolução aos cidadãos da receita adicional de IVA e redução do imposto sobre os produtos petrolíferos.
"A preços desta semana, a cada depósito de 50 litros os mesmos consumidores pagarão menos 16 euros de gasolina ou menos 14 euros de gasóleo do que pagariam se o conjunto destas medidas não fosse renovado", sublinhou.
As medidas de apoio às empresas serão reveladas mais tarde, pois estão dependentes das decisões europeias.
"Vai agora haver Conselho Europeu dedicado à energia, para ajustarmos as medidas às necessidades das nossas empresas", referiu o primeiro-ministro.
O pacote de oito medidas adicionais de apoio imediato ao rendimento das famílias surge numa altura em que a inflação atingiu os 9%.