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Euribor. Prestação da casa sobe entre 102 e 234 euros em novembro

31 out, 2022 - 16:39 • Lusa

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um "spread" (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de agora 632,16 euros, o que traduz uma subida de 170,83 euros face à última revisão em maio.

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A prestação da casa paga pelos clientes bancários no crédito à habitação vai subir acentuadamente em novembro nos contratos indexados à Euribor a três, seis e 12 meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um "spread" (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de agora 632,16 euros, o que traduz uma subida de 170,83 euros face à última revisão em maio.

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 587,08 euros, mais 102,07 euros do que paga desde agosto.

Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de outubro de 1,997% a seis meses e de 1,428% a três meses.

Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa -- para um empréstimo nas condições referidas - será de 684,41 euros a partir de novembro, um agravamento de 234,11 euros face ao que pagava desde novembro de 2021. Neste caso, o valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor a 12 meses em outubro e que foi de 2,629%.

Na revisão anterior estes empréstimos beneficiavam ainda de Euribor negativas para os prazos a seis e a 12 meses, sendo que apenas o indexante a três meses tinha já entrado em terreno positivo.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE, que na quinta-feira sofreram novo aumento, em 75 pontos base.

Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro.

De então para cá o BCE já aumentou as taxas diretoras por três vezes, a primeira das quais em julho, sendo este o primeiro agravamento em 11 anos. .

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

Já a Euribor a três meses entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015.

A Euribor a 12 meses ficou negativa em 05 de fevereiro de 2016, estando positiva desde 21 de abril.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Perante o agravamento do custo com os créditos à habitação, o Governo está a preparar um pacote de medidas que visam mitigar o efeito da subida dos juros no rendimento das famílias.

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  • ze
    01 nov, 2022 aldeia 10:06
    Mais pessoas a não conseguirem pagar as prestações,entram em incumprimento,pois os salários são baixos,e tudo aumenta,ninguém aguenta esta escalada de preços.Andamos desde 1755 sempre em CRISE!........

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