14 nov, 2022 - 10:29 • Lusa
As taxas Euribor subiram a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, no prazo intermédio para um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa a seis meses - a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho - subiu esta segunda-feira para 2,337%, mais 0,046 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 2,867%, mais 0,056 pontos que na sexta-feira, contra 2,874% em 9 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje ao ser fixada em 1,791%, mais 0,029 pontos, contra 1,802% em 9 de novembro, um novo máximo desde março de 2009, e 15 sessões consecutivas a subir.
A taxa a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.