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Ministro quer comprimir despesas sem prejudicar saúde dos portugueses

28 nov, 2022 - 09:20 • Carla Caixinha , Pedro Mesquita , Núria Melo

À chegada para a conferência sobre a Saúde Mental no pós-pandemia, que a Renascença organiza em colaboração com a Câmara de Gaia, Manuel Pizarro lembrou que o orçamento do próximo ano é maior, pois conta com dinheiros da Europa. O ministro sublinha a necessidade de diálogo nas negociações com sindicatos médicos e autarquias.

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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, promete uma execução rigorosa do orçamento deste setor e diz ser possível comprimir despesas sem prejudicar a saúde dos portugueses.

“Temos a obrigação de melhorar a gestão dos recursos que temos ao dispor e, também por isso, foi criado uma direção executiva do Serviço Nacional de Saúde. Avaliaremos ao longo do ano como é que as coisas evoluem, mas também devo dizer que na saúde há muita despesa que pode ser comprimida sem prejudicar em nada o acesso das pessoas à saúde”, disse Manuel Pizarro antes da abertura da conferência sobre a Saúde Mental no pós-pandemia, que a Renascença organiza em colaboração com a Câmara de Gaia.

Manuel Pizarro lembrou que para o ano o orçamento é maior e que o país ainda conta com dinheiros da Europa no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “É evidente que é um orçamento muito reforçado até porque a novidade nesta matéria é a utilização de fundos europeus na área da saúde em geral e tendo a saúde mental como uma das prioridades. Temos 88 milhões de euros no PRR alocados à saúde mental, é um investimento muito significativo que vai permitir melhorar a nossa capacidade de atender as pessoas.”

Nós temos um aumento superior a 10% em relação ao orçamento inicial de 2022, são mais 1.200 milhões de euros e temos um aumento em relação à previsão da execução em 2023”, acrescenta.

Ministro aposta no diálogo

Em relação ao tema descentralização, assume que a marca passa pelo diálogo com as autarquias. “Portanto, nós encontraremos uma plataforma de diálogo para conseguir entendimentos com todos os municípios portugueses. Nalguns casos de forma mais rápida, noutros demorando mais num pouco, não me parece que isso seja um problema muito grave”, sublinha.

Quanto às negociações com os sindicatos dos médicos, garante que vai com espírito aberto. “Tenho a certeza de que não vamos poder agradar aos sindicatos em tudo o que pedirem. Tenho a expectativa de que algumas das nossas ideias serão acolhidas.”

“Vamos de espírito aberto e de boa-fé para essas negociações”, sublinhou, lembrando que as negociações estão numa fase embrionária.

Os sindicatos dos médicos e o Ministério da Saúde voltam hoje a reunir-se para uma segunda ronda de negociações, depois do encontro realizado em 09 de novembro que deu início formal a este processo

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