02 dez, 2022 - 10:42 • Fátima Casanova
Os números atualizados da Deco/Proteste mostram que que o cabaz de alimentos atingiu um novo recorde desde o início da guerra na Ucrânia.
O arroz e o leite são dos alimentos que mais contribuíram para esta subida.
À Renascença, Ana Guerreiro diz que para os consumidores comprarem os mesmos 63 produtos essenciais é preciso gastar mais 35 euros do que há nove meses.
“Desde o início do ano até esta quarta-feira, o aumento foi de 31.52 euros, o que equivale a um aumento de 16,8%. Mas desde o início da guerra o aumento foi de 35.59 euros, ou seja, um aumento de 19,39%", contabiliza.
Os aumentos mais significativos verificam-se na pescada fresca (78%), no arroz (53%), no leite (43%).
Deco revela que o preço de um cabaz de produtos essenciais continua a subir, estando nos 219.22 euros. Quando em janeiro se situava nos 187.70 euros.
A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Em conjunto com os preços altos das matérias-primas e a seca, a conjuntura tem vindo a pesar na fatura das famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado.
Em causa está a monitorização feita desde final de fevereiro a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
Para fazer face à escalada de preços, o Governo colocou em marcha um pacote de medidas que vão desde a devolução da receita adicional do IVA através do ISP dos combustíveis aos apoios para a empresas e particulares para a compra do gás. Estas medidas vão custar 1.335 milhões de euros aos cofres do Estado.
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