02 dez, 2022 - 07:15 • Fátima Casanova
Em vésperas do Natal, as lojas estão a faturar mais, mas é devido à inflação, pelas contas feitas pelo presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
João Vieira Lopes diz à Renascença que em termos de quantidade não há crescimento de vendas, falando até num “ligeiro decréscimo”, nomeadamente no setor alimentar. Também no vestuário, “a situação não está a ser muito favorável”, acrescenta João Vieira Lopes, que espera que este Natal, globalmente em termos de vendas, seja “equilibrado”.
Admite que as famílias estão a ter “alguma cautela” nas compras que estão a fazer, ainda assim, não espera que este período “venha a ser desastroso para o comércio, mas também não haverá um boom como acontecia antes da pandemia” por Covid-19.
João Vieira Lopes estima que a “principal retração vai fazer-se sentir no princípio do próximo ano” e desde logo, aponta como uma das causas, o fato dos salários não serem ajustados ao nível da inflação.
O líder da CCP considera ainda que a subida das prestações das casas e o preço da energia afetam seriamente o rendimento disponível das famílias. Não sabe prever, no entanto, se estas dificuldades se traduzir em recessão económica.