05 jan, 2023 - 07:06 • Olímpia Mairos
Este é o segundo e último dia de uma greve total dos maquinistas da CP. Só estão a ser cumpridos serviços mínimos. Uma paralisação que de resto vai continuar com constrangimentos “pontuais” até domingo.
Na origem desta paralisação, segundo o SMAQ está a “falta de respostas” da CP e da tutela e pela “gritante ausência de uma proposta de atualização salarial que cubra a inflação registada em 2022”.
“E ainda [pela] incapacidade para resolver os problemas que nos afetam, desde as instalações sociais degradadas, passando pela desgastante morosidade na recuperação das cabines de condução da totalidade do material motor, à falta de condições de segurança em alguns locais de resguardo e estacionamento do material circulante, até à solução das situações mais penosas nas escalas, que carecem de respostas imediatas”, acrescenta a nota.
Na quarta-feira, a greve dos maquinistas da CP – Comboios de Portugal suprimiu 683 comboios até às 18h00, adiantou fonte oficial da transportadora ferroviária. No total, entre as 00h00 e as 18h00 de quarta-feira “circularam 284 comboios, a nível nacional. Estavam programados 967, foram suprimidos 683”.
Em comunicado, a CP indica que esta paralisação poderá provocar perturbações à circulação até ao dia 6 de janeiro.
Segundo a nota, a empresa permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, ou “a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.
“O reembolso pode ser solicitado nas bilheteiras e em cp.pt através do preenchimento do formulário 'online', com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de nome, morada postal, IBAN e NIF, até dez dias após terminada a greve”, acrescenta.
A greve na CP vai durar até domingo, às 23h59, abrangendo o trabalho suplementar.