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DECO

​Prestação da casa vai continuar a subir

02 fev, 2023 - 22:40 • Fátima Casanova

As famílias com crédito à habitação, cujas prestações são revistas este mês, vão pagar mais pelo empréstimo, avisa a defesa do consumidor.

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De acordo com o Gabinete de Proteção Financeira da DECO, as taxas Euribor vão continuar a subir, pelo menos, até ao verão.

A hora é de fazer contas, já que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira novo aumento da taxa de juro aplicável às operações de refinanciamento para os 3%.

Uma subida que não vai ficar por aqui e que influencia as taxas Euribor, o mesmo é dizer que as prestações da casa, que as famílias têm de pagar ao banco, “vão continuar a subir nos próximos tempos”, avisa na Renascença a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da DECO.

Natália Nunes considera que “é de esperar que continuem a subir até ao início do verão”.

Quanto pode aumentar a prestação da casa?

As famílias devem contar neste mês de fevereiro “com aumentos significativos”, diz Natália Nunes.

Esta responsável já fez as contas que mostram aumentos na ordem das centenas de euros por mês.

Supondo um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos com um spread de 1% e com a Euribor a 6 meses, as famílias vão pagar neste mês de fevereiro mais 180 euros.

“A prestação passa para cerca de 700 euros quando em agosto era pouco mais de 500 euros”, diz Natália Nunes.

Tomando como exemplo a Euribor a 12 meses, que seja revista este mês, o aumento ainda é maior. Esta responsável diz que a prestação mensal “passa de cerca de 450 para mais de 730 euros, o que significa um aumento de cerca de 280 euros, ou seja, de 63%”.

Pars as famílias não serem apanhadas desprevenidas com aumentos acima do esperado, Natália Nunes sugere que utilizem o simulador do Banco de Portugal, “com os dados dos seus empréstimos, para terem sempre presente qual o valor que iriam pagar de prestação se houvesse hoje a revisão da mesma”.

A coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da DECO, defende que é “importantíssimo” fazer este tipo de simulação porque “é a forma que as famílias têm para irem controlando e ajustando o seu orçamento para a nova prestação”.

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