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Energia Eólica

Fundo dinamarquês quer investir oito mil milhões de euros no mar da Figueira da Foz

07 fev, 2023 - 17:52 • Lusa

Com capacidade de produção de 2 Gigawatts, o projeto Nortada será o primeiro parque eólico offshore de grande escala em Portugal e tem como objetivo acelerar a transição energética portuguesa.

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Um fundo de investimento dinamarquês pretende investir oito mil milhões de euros num projeto de energias eólicas no mar ao largo da Figueira da Foz, com capacidade de produção de 2 Gigawatts, foi esta terça-feira anunciado.

Designado de Nortada, o projeto será o primeiro parque eólico offshore de grande escala em Portugal, refere um comunicado do fundo de investimento Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), enviado à agência Lusa.

“As atividades relacionadas com a eólica offshore em Portugal, assim como o projeto Nortada, estão a cargo da Copenhagen Offshore Partners (COP), empresa líder no desenvolvimento, construção e operação de projetos de energia eólica offshore, e parceiro exclusivo para o desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos offshore da gestora de fundos CIP”, refere a nota.

Segundo Afonso César Machado, responsável da COP pelo mercado português, o projeto pretende acelerar a transição energética portuguesa, de forma que seja “um exemplo na produção de energia limpa, pensado de forma holística em todas as suas componentes, e que simbolize uma aposta na reindustrialização e no crescimento económico do país”.

A expansão da presença em Portugal para o mercado eólico offshore “surge na sequência das ambições reveladas pelo Governo português na área das energias eólicas offshore, assim como dos resultados preliminares dos grupos de trabalho instituídos para o efeito”, adianta o comunicado.

“A energia eólica offshore tem um enorme potencial de crescimento e evolução e, como tal, representa uma colossal oportunidade para o país. Com a materialização deste projeto, pretendemos colocar Portugal na linha da frente da transição energética a nível mundial“, acrescenta Afonso César Machado.

De acordo com o comunicado, a CIP e a COP pretendem envolver nas suas atividades “o maior número possível de parceiros industriais, académicos, ambientais e do setor da economia azul portugueses”, com o objetivo de criar emprego qualificado a nível local e promover um desenvolvimento económico sustentável no país.

“Estamos muito satisfeitos por fortalecer a nossa presença em Portugal, em particular no mercado da energia eólica offshore. O projeto Nortada tem um enorme potencial e é um importante marco que contribuirá para o crescimento desta indústria em Portugal, assim como para a criação de emprego e de crescimento económico sustentável”, afirma Michael Hannibal, da CIP.

A consulta pública da proposta que cria cinco áreas de exploração de energias renováveis no mar, ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines, começou no dia 20 de janeiro e termina em meados de março.

O período de audição pública, segundo despacho do Governo de sexta-feira, é de 30 dias úteis, e destina-se a formulação de “sugestões e recolha de contributos” sobre a proposta preliminar das áreas espacializadas para o planeamento e operacionalização de centros eletroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica.

A Figueira da Foz é proposta para a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).

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