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​Costa mostra como em sete anos Bruxelas falhou sempre previsões

13 fev, 2023 - 15:11 • Sandra Afonso

No dia em que a Comissão Europeia voltou a apresentar números mais pessimistas que os do Governo para a economia portuguesa, o primeiro ministro decidiu mostrar como estas previsões têm ficado distantes da realidade.

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António Costa Foto: Miguel A Lopes/Lusa
António Costa Foto: Miguel A Lopes/Lusa
António Costa Foto: Miguel A Lopes/Lusa
António Costa Foto: Miguel A Lopes/Lusa

Esta segunda-feira Bruxelas reviu em alta as projeções, face ao boletim do outono, mas mantém-se aquém do esperado pelo executivo. Aponta agora para um crescimento de 1% este ano, ligeiramente acima da média da Zona Euro (0,9%), mas abaixo dos 1,3% previstos pelo Governo no Orçamento do Estado para este ano e dos 6,7% registados em 2022.

Na reação, o primeiro-ministro lembrou esta segunda feira, através do Twitter, que nos últimos anos as previsões da UE falharam sempre e vão voltar a falhar. "Em média subestimou o crescimento do PIB em 1,1 pontos percentuais", acrescenta António Costa.

Depois de saudar “a melhoria das previsões da Comissão relativamente ao desempenho da economia portuguesa em 2023", o chefe do governo publica um quadro com o crescimento da economia desde 2016, o primeiro ano em que formou governo, ao lado das previsões de Bruxelas e o erro ou desvio calculado em cada ano.

No final, António Gosta garante que "o histórico de previsões dá-nos confiança de que os resultados serão melhores do que agora previstos".

Além de um forte recuo no crescimento, de 6,7% em 2022 para 1% este ano, a Comissão Europeia prevê ainda que a inflação deverá continuar alta, mas com tendência para abrandar ao longo do ano, estimando-se que fique nos 5,4%. Bruxelas defende ainda que está afastada uma recessão técnica na EU.

Medina também desvaloriza

À margem da reunião dos ministros das finanças da zona euro, em Bruxelas, Fernando Medina também minimizou as projeções do executivo comunitário.

"O próprio comissário Gentiloni explicou que são diferenças que se devem à fórmula de cálculo", refere Fernando Medina.

O Ministro sublinha que, face às anteriores previsões, Bruxelas melhorou os números para o crescimento e para a inflação, “são sinais positivos”.

"As projeções reafirmam um sinal de confiança na evolução económica ao longo do ano de 2023. Essas projeções afastam, para já, os riscos de uma recessão na Europa, naturalmente também no nosso país e esse é um sinal de grande importância, porque permitirá dar confiança", acrescenta.

[notícia atualizada às 15h17 de 13 de fevereiro de 2023]

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