15 mar, 2023 - 17:01 • Ricardo Vieira
O índice PSI da bolsa portuguesa fechou a sessão desta quarta-feira a cair 2,77%, devido às ondas de choque da situação no Credit Suisse.
As ações transacionadas na bolsa portuguesa desvalorizaram 1,4 mil milhões de euros num dia.
O índice PSI caiu para o valor mais baixo do ano (5.812,87 pontos), com as ações do BCP e da Galp a liderarem as perdas, com quedas de 9% e 7%, respetivamente.
Os efeitos das notícias sobre o Credit Suisse atingiram as principais bolsas europeias. O Ibex de Madrid registou esta quarta-feira uma perda de 4,23%, Frankfurt caiu 3,27% e a bolsa de Paris 3,58%.
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O Credit Suisse, que já estava a tentar recuperar de uma série de escândalos que vieram minar a confiança de investidores e clientes, viu as suas ações caírem 17% a meio da tarde, depois de terem chegado a registar uma queda recorde de 30%, gerando quedas em bolsa para uma série de outros bancos europeus.
Num sinal de que os reguladores estão atentos à situação, fontes confirmaram à Reuters a notícia do Wall Street Journal a dar conta de que o Banco Central Europeu (BCE) está já a contactar os credores que supervisiona para apurar até que ponto estão expostos financeiramente ao Credit Suisse.
Crise bancária
Ulrich Koernet, CEO do banco, garante que liquidez(...)
Por sua vez, Ulrich Koernet, CEO do Credit Suisse, tentou acalmar o nervosismo dos mercados dando garantias de que a liquidez do banco continua forte e bem acima das exigências dos reguladores. Até ao momento, o Banco Central da Suíça recusou-se a comentar a queda do Credit Suisse em bolsa.
O primeiro-ministro, António Costa, afastou esta quarta-feira riscos de contágio a Portugal de uma crise bancária, salientando que nenhum banco nacional está sob procedimento.
"No caso concreto de Portugal, há poucas semanas a Comissão Europeia encerrou o último procedimento que havia [Novo Banco] relativamente a um banco que tinham sido objeto de resolução e que agora concluiu o seu processo de reestruturação, encontrando-se em boas condições", declarou António Costa no final da 34ª Cimeira Luso-Espanhola, em Lazarote.