24 mar, 2023 - 11:48 • João Carlos Malta
As ações do Deutsche Bank caíram 13% para 8,19 euros, tornando-se no maior perdedor no STOXX 600 − indíce bolsista que junta os maiores bancos do continente europeu − após um salto acentuado no custo dos contratos seguros contra o risco de incumprimento que subiram para o máximo de quatro anos.
"Ainda estamos no limite à espera que outro dominó caia, e o Deutsche é claramente o próximo na mente de todos (com justiça ou injustiça). Parece que a crise bancária não foi totalmente eliminada", disse Chris Beauchamp, diretor de mercado analista do IG, citado pela Reuters.
O Stoxx 600 caiu 5,1% no meio da manhã desta sexta-feira. O Commerzbank da Alemanha caiu 8,5%, enquanto o Société Générale da França perdeu 7,4%.
Gestor português, que liderou o banco suíço entre (...)
"A Europa está muito inclinada para os bancos, que estão no olho do furacão ”, disse Emmanuel Cau, chefe de estratégia de ações europeias do Barclays, acrescentando: “Há questões específicas do banco com as quais se preocupar, como regulamentação e segurança de depósitos”, remata, citado pelo jornal Financial Times.
Os bancos europeus vivem um período conturbado à medida que as preocupações com a estabilidade do setor financeiro se intensificam, e com a notícia de uma investigação dos EUA sobre o Credit Suisse e o UBS a piorar ainda mais o clima.
Estes bancos viram as suas ações caírem 6,3% e 6,7%, respectivamente, depois de a Bloomberg News informar que estão entre os bancos sob escrutínio numa investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre alegadas ajudas aos oligarcas russos a escapar das sanções.
Instituição financeira ofereceu o triplo da propos(...)
Já o Raiffeisen Bank International da Áustria caiu 5,7% depois de a Reuters ter noticiado que o Banco Central Europeu está a pressionar o banco a sair dos negócios altamente lucrativos que detém Rússia.
Uma série de aumentos nas taxas de juros da Reserva Federal dos EUA e de outros bancos centrais na Europa, nesta semana, também aumentaram os temores de aperto nas condições financeiras, mesmo quando o banco central dos EUA sinalizou uma pausa do ciclo de alta.