24 mar, 2023 - 14:24 • Redação
As medidas de apoio às famílias no contexto da inflação, anunciadas esta sexta-feira pelo Governo de António Costa, indicam "o caminho certo" para os funcionários públicos, defende a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), mas devem ser aplicadas com retroativos ao início do ano.
“Temos de saudar fortemente estas medidas. É o caminho certo na valorização dos salários e das carreiras”, começa por reagir o secretário-geral da Fesap em declarações à Renascença.
José Abraão diz que o aumento salarial de 1% e o aumento de 15% do subsídio de refeição, hoje anunciados por Fernando Medina, são "o caminho para minimizar os efeitos da inflação e das dificuldades dos trabalhadores e das famílias".
O responsável sindical destaca ainda que o acordo plurianual da Fesap com o Governo está a ser cumprido e a “proteger os trabalhadores”.
Apesar dos elogios, o secretário-geral da Fesap ressalta que "as medidas nunca são suficientes, depois de 10 anos parados, sem aumentos e com ausência de medidas que contemplassem os trabalhadores da Função Pública".
Ainda assim, José Abraão reconhece que os novos apoios às famílias "são um contributo muito importante" para que os salários "não se degradem" no atual contexto do aumento do custo de vida.
Para a próxima quarta-feira, 29 de março, está marcada uma reunião entre a Fesap e o Governo para operacionalizar as medidas hoje apresentadas.
José Abraão diz esperar que o executivo "contemple a retroatividade das medidas a 1 de janeiro de 2023".