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Confederação Empresarial de Portugal

Armindo Monteiro eleito presidente da CIP. Patrões querem descida de IRS

30 mar, 2023 - 19:30 • Sandra Afonso

Novo líder da Confederação critica o IVA Zero e o "tratamento desigual" das famílias pelo Governo e diz que a sua eleição denota que empresários querem menos Estado na economia.

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Armindo Monteiro, eleito esta quinta-feira presidente da Confedeção Empresarial de Portugal (CIP) com 87% dos votos, critica a forte carga fiscal sobre os trabalhadores que, diz, só beneficia o Estado.

"Enquanto a fiscalidade sobre as famílias não for reduzida, efetivamente quem está neste momento a prosperar em Portugal nem são as famílias, nem são as empresas, são as contas públicas", sublinha em declarações à Renascença.

O novo presidente da CIP acusa ainda o Governo de não tratar todos os trabalhadores por igual, em referência ao último pacote de ajudas às famílias que o executivo de António Costa anunciou face ao aumento do custo de vida.

"Não se pode pôr portugueses contra portugueses, todos nós esperamos que o Governo não faça distinção entre aqueles que trabalham na administração pública e os que trabalham nas empresas privadas. Não compreendemos o tratamento desigual", destaca Armindo Monteiro.

Para "o Estado efetivamente ajudar" os portugueses, "é absolutamente imprescindível a remoção fiscal sobre as famílias" na forma do IRS, defende.

O novo representante dos patrões deixa também críticas ao IVA Zero num cabaz de bens alimentares essenciais, defendendo que a forma de apoiar face ao aumento dos preçospassa por "transferências financeiras para as famílias que necessitam e que possam elas próprias escolher a dieta alimentar que entendem".

"Não achamos que deva ser o Estado a escolher que produtos devem ser consumidos ou não."

Sobre a sua eleição esta tarde, com 87% dos votos, substituindo António Saraiva depois de 13 anos à frente da CIP, Armindo Monteiro diz que sinaliza que os empresários estão claramente a defender menos Estado na economia.

"Quando é necessário fazer um manifesto eleitoral em que aquilo que se pede é que o Estado não seja tão omnipresente e omnipotente na Economia, e isto tem a adesão tão expressiva como teve dos associados, é um motivo de responsabilidade."

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  • Ângelo Mendes
    30 mar, 2023 Alcobaça 20:41
    Boa noite. Acho que estas medidas aplicadas ainda estão a quem, e não é isto que o povo trabalhador quer. Acho que o ordenado mínimo devia ser 3x o salário mínimo. Como se gere 850 de mínimo para as despesas actuais. Eu não consigo tenho que endividar para comer, dormir, é sustentar a família. Devemos ter em conta que temos que sustentar uma família de despesas, água, luz, gás, higiene pessoal, renda prestação da casa, e uma futura família, filhos e tudo relacionados com o seu desenvolvimento. Deveríamos reformar em nós aos 55anos, dando a oportunidade aos jovens. Políticas laborais ainda favorecem patrões que não merecem esse tipo de benefícios devido a. Falta de valorização dos seus empregados. Muita responsabilidade para pouco investimento. E para eles sempre muito. É difícil encontrar outro emprego devido às mesmas condições laborais. Sinto me insatisfeito com todas alterações laborais. Sabendo que muitos têm imensos benefícios sem trabalhar, sem que alguns têm limitações para não trabalhar. Os governos dão demais a uns esquecendo se dos que vivem cá, nasceram cá, não aqueles que nasceram em berço de ouro, mas sim aqueles que deram a dedicação pelo país e pela sua pequena terra. Acho que o sistema precisa de uma paragem para reflexão.

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