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CFO da TAP garante que não esteve envolvido no acordo de saída de Alexandra Reis

30 mar, 2023 - 18:37 • Manuela Pires

Gonçalo Pires está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP. O administrador financeiro disse aos deputados que só soube do acordo uns dias antes da saída de Alexandra Reis.

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O administrador financeiro (CFO) da TAP, Gonçalo Pires, garantiu esta quinta-feira aos deputados da comissão parlamentar de inquérito que não esteve envolvido nem teve conhecimento de qualquer detalhe do processo sobre a saída de Alexandra Reis da TAP e a respetiva indemnização de cerca de 500 mil euros.

“Não tive qualquer envolvimento na elaboração do acordo para a saída de Alexandra Reis, não estive envolvido na preparação, na decisão, na elaboração ou no fecho da negociação de qualquer valor ou no acordo que foi celebrado. Não tenho nem tive conhecimento de qualquer dos termos concretos da celebração desse acordo” declarou Gonçalo Pires na comissão parlamentar de inquérito.

O PSD insistiu por várias vezes para perceber quando é que Gonçalo Pires foi informado da saída de Alexandra Reis. O administrador financeiro assegurou que apenas um ou dois dias antes de assinado o acordo foi informado pela presidente da comissão executiva que o acordo estava fechado.

“Foi-me dito que o acordo tinha sido celebrado. Foi através de uma mensagem Whatsapp da CEO da empresa” disse Gonçalo Pires questionado pelo PSD que quis saber que relação tem com o ministro das infraestruturas Joao Galamba. Gonçalo Pires diz que foram colegas de faculdade e continuam amigos próximos.

O administrador financeiro da TAP revelou ainda que não ficou surpreendido com a saída de Alexandra Reis, porque já havia muitos assuntos em que a administradora discordava do rumo seguido pela CEO da companhia aérea.

“Este processo não foi uma surpresa porque havia várias indicações pelas posições discordantes em Conselho de administração, e pela intenção da CEO de fazer alterações na Comissão Executiva e na equipa não executiva”, conta Gonçalo Pires.

O administrador financeiro assegurou ainda que não sabia do valor da indemnização a Alexandra Reis, porque, como explicou, era um valor que tinha "cabimento orçamental" e por isso não era necessária a sua autorização.

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