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Cosec prevê crescimento abaixo da meta do Governo

20 abr, 2023 - 18:18 • Sandra Afonso

Portugal fica a crescer acima da média da zona euro, mas muito abaixo da estimativa do Governo, que espera um crescimento de 1,8% este ano, indica previsão divulgada esta quinta-feira.

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A economia portuguesa deverá crescer 1% este ano e 1,2% em 2024. São as previsões da Allianz Trade, um dos maiores seguradores de crédito do mundo e acionista da Cosec - Companhia de Seguro de Créditos.

Segundo estes números, Portugal fica a crescer acima da média da zona euro, mas muito abaixo da estimativa do Governo, que espera um crescimento de 1,8% este ano.

A inflação em Portugal deverá ficar este ano em 5,3% e descer para 2,6% em 2024, igual à da zona euro.

A seguradora reviu em alta o crescimento de Portugal e dos países do euro. Segundo o estudo “Everything everywhere all at once”, a zona euro deverá crescer 0,3% neste ano, uma melhoria face à contração de 0,4% que estava prevista.

Estes especialistas alertam que, apesar dos países do euro evitarem uma contração, o custo de vida mantém-se elevado. Além das elevadas taxas de juro, as condições de financiamento estão mais restritivas, o investimento é menor e a confiança das famílias também desceu. Para 2024 o crescimento previsto não vai além de 0,9%.

Destaque ainda para a Alemanha e o Reino Unido, que deverão registar ligeiras contrações económicas, regressando ao crescimento só no próximo ano.

A inflação nestas duas geografias deverá ser igualmente alta.

“O PIB da Alemanha, motor da economia do euro, deverá contrair 0,1% neste ano e expandir 0,8% em 2024. A inflação deverá ficar nos 5,6% no final do ano e deverá descer para 2,8% em 2024.”

Para a economia mundial, o acionista da Cosec estima um crescimento de 2,2% e uma inflação de 6,6% este ano. Em 2024, o PIB mundial deverá expandir 2,3% e a inflação descer para 4%.

A economia norte-americana, a maior do mundo, deverá crescer 1,1% neste ano, e 0,4% em 2024. A inflação, por sua vez, deverá ficar nos 4,6% neste ano e nos 2,2% em 2024.

Afastam, assim, uma recessão, mas admitem “alguma deterioração das condições económicas no segundo semestre, nomeadamente devido a uma maior restrição nas condições de crédito”.


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