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Paolo Gentiloni

Há margem para aumentar salários em Portugal, diz comissário europeu

19 mai, 2023 - 14:38 • Sandra Afonso

Gentiloni foi recebido em Lisboa por Medina para debater as novas regras comunitárias do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

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O comissário europeu dos Assuntos Económicos disse esta sexta-feira que há margem para aumentar mais os salários em Portugal, sobretudo tendo em conta que os níveis de poder de compra perdidos com a inflação ainda não foram repostos.

Em conferência de imprensa, após uma reunião com Fernando Medina em Lisboa, Paolo Gentiloni disse a atual situação "pode permitir que o setor privado e os sindicatos encontrem margem de manobra" para atualizar os salários dos trabalhadores.

Perante a revisão em alta do crescimento da economia, num cenário de alívio dos preços, Paulo Gentiloni demarca a situação portuguesa de outros países europeus.

Segundo o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, há espaço para melhorar a remuneração sem afetar a inflação.

“Especialmente em alguns setores, onde a procura foi muito forte, assistimos a um nível extraordinário de lucros no último período, o que pode permitir que o setor privado e os sindicatos encontrem margem de manobra para aumentar o poder de compra, sem contribuir automaticamente para a subida da inflação.”

Paulo Gentiloni sublinha ainda que os trabalhadores ainda não recuperaram o poder de compra perdido com a subida dos preços.

“O poder de compra ainda não recuperou tudo o que perdeu com a elevada inflação. Também sabemos que a inflação vai descer, não devemos avaliar apenas com base na inflação dos primeiros meses do ano.”

Gentiloni esteve hoje em Lisboa para debater as novas regras da União Europeia (UE) do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Aos jornalistas, o comissário europeu sublinhou que as previsões de inflação da Comissão Europeia "não diferem" muito das previsões do Governo socialista nem do Banco de Portugal.

"Andam todas em torno dos 5%", sublinhou Gentiloni, destacando que não está preocupado com os efeitos que um aumento dos salários possa provocar em Portugal.

O comissário destacou ainda que “o poder de compra em Portugal ainda é fraco, mas a inflação vai descer”, deixando o aviso de que não se devem fazer avaliações apenas com base nos primeiros meses do ano.

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