25 mai, 2023 - 17:45 • Sandra Afonso
A Comissão Europeia dá luz verde à fusão da UBS com o Credit Suisse. É um ponto final de um abalo que fez estremecer as praças financeiras nas últimas semanas. Bruxelas concluiu que o negócio não levanta problemas de concorrência no Espaço Económico Europeu, onde se inclui a Suíça. É a avaliação que faltava para salvar o gigante suíço.
Segundo o comunicado agora enviado, a Comissão Europeia aprovou “incondicionalmente” a fusão entre os bancos suíços Credit Suisse e UBS.
“Com base na sua investigação de mercado, a Comissão considerou que a concentração não reduziria significativamente a concorrência nos mercados em que as suas atividades se sobrepõem”, refere a Comissão.
A nota acrescenta ainda que a nova instituição que resulta da concentração dos dois bancos “continuará a enfrentar uma pressão concorrencial significativa por parte de um vasto leque de concorrentes em todos os mercados europeus, incluindo de vários grandes bancos mundiais, bem como de fornecedores especializados e fortes operadores locais.”
Ainda assim, “o risco de danos sistémicos para terceiros e para o setor bancário compensava qualquer ameaça potencial para a concorrência resultante de um encerramento antecipado da operação”.
Esta fusão foi fechada a meio de março, por mais de 3 mil milhões, depois das ações do Credit Suisse terem caído cerca de 25%.
Questionado esta semana sobre eventuais impactos no sistema financeiro, resultantes da banca regional norte americana e do Credit Suisse, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento, garantiu à Renascença que o setor em Portugal está tranquilo.