13 jul, 2023 - 00:19 • Redação
O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) garantiu que o processo não está atrasado. Garantia dada por Carlos Fernandes, que apresentou o projeto da linha de alta velocidade Porto-Lisboa, esta quarta-feira, na sede da Ordem dos Engenheiros - região norte.
“Nós estamos a cumprir rigorosamente o planeamento com que nos comprometemos. Estamos a trabalhar em duas áreas. Estamos a trabalhar nos estudos prévios e estudos de impacto ambiental”, assegurou.
O lançamento do concurso para a primeira fase, que ligará Porto e Aveiro, está previsto para janeiro de 2024.
O troço projetado implicará a adaptação das estações existentes e a construção de uma nova estação em Vila Nova de Gaia.
O vice-presidente da IP espera “assinar o contrato no segundo trimestre do ano de 2025, seguir-se-á uma fase de conclusão dos estudos e projetos de execução e esperamos que as obras possam começar no terreno no início de 2026 ou no final de 2025”.
A nova linha de alta velocidade terá via dupla. A (...)
Carlos Fernandes lançou expectativas para o custo dos bilhetes. Apesar de o preço de referência para o bilhete Porto-Lisboa ter sido apontado para os 40 euros, o vice-presidente da IP referiu ser possível praticar preços a partir de 25 euros por pessoa.
A presidente da Ordem dos Engenheiros - Região Centro também esteve presente. Isabel Lança indicou estar a ponderar a criação de uma linha de apoio às populações sobre as zonas potencialmente afetadas pela construção do troço de alta velocidade.
Santa Maria da Feira, Espinho e Anadia são alguns dos vários municípios afetados pela nova ligação e o vice-presidente da IP indicou estar a trabalhar no concelho de Espinho onde quatro habitações serão afetadas pela obra.
“Para essas quatro habitações pode passar por expropriar, chegar a acordos de construção de casas. Pode passar por um conjunto de soluções que dependem muito de caso a caso”, sublinhou.
O projeto apresentado para a linha de alta velocidade é uma recuperação do primeiro plano para o TGV, em 2008, durante o governo de José Sócrates. O projeto foi suspenso em 2011, durante o governo de Passos Coelho.