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Sindicato acusa CGD de se recusar a aplicar aumento de 1%

17 jul, 2023 - 12:07 • Lusa

STEC denuncia que banco estatal não pretende "cumprir esta determinação do Governo”, após reunião com o presidente da Comissão Executiva da Caixa.

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O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) afirmou esta segunda-feira que a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vai aplicar o aumento extraordinário de 1% anunciado pelo Governo.

“O STEC informa que reuniu com o presidente da Comissão Executiva, tendo sido reiterada a informação de que a CGD não iria cumprir esta determinação do Governo”, refere o sindicato em comunicado hoje divulgado.

O sindicato regista que, em alternativa, a CGD propôs um pagamento “em formato de apoio extraordinário, ou seja, um valor a definir e a pagar uma única tranche apenas aos trabalhadores no ativo”, a que não se opõe, desde que seja efetuado “de forma transparente, justa e igualitária”.

O STEC teme uma repetição da “discriminação ocorrida em 2022”, que deixou de fora pré-reformados e trabalhadores com rendimento bruto acima de 2.700 euros, e insiste que “não abdicará do cumprimento” do aumento intercalar de 1% determinado pelo executivo.

“Nesse sentido o STEC vai, nos termos da legislação em vigor, requerer o início do processo de conciliação no Ministério do Trabalho, e solicitar audiências aos grupos parlamentares da Assembleia da República, Ministério das Finanças e Comissão de Orçamento e Finanças”, regista, lembrando que a empresa entre janeiro de 2022 e março de 2023 teve lucros superiores a mil milhões de euros.

O Governo anunciou em março um aumento salarial intercalar de 1% para a administração pública este ano, bem como um aumento de 5,20 euros para seis euros no subsídio de alimentação.

Segundo anunciou em 11 de abril o ministro das Finanças, Fernando Medina, este aumento salarial intercalar será pago a partir de 20 de maio, estando prevista a correção do mecanismo de retenção.

“O aumento extraordinário dos funcionários da administração pública será pago a partir de 20 de maio, com efeitos retroativos a janeiro deste ano, estando prevista a correção do mecanismo de retenção para os trabalhadores não serem prejudicados sobre esse acréscimo no mês”, afirmou o governante durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no âmbito do requerimento potestativo apresentado pelo Chega sobre a medida do IVA zero do cabaz de alimentos definidos pelo Governo.

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