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Despedidos 425 trabalhadores devido a paragem na Autoeuropa

12 set, 2023 - 21:39 • José Carlos Silva

A comissão de trabalhadores diz que Governo pode ajudar a reverter alguns despedimentos. Pede medidas de proteção social para quem fica no desemprego e o pagamento dos salários a 100% para os trabalhadores que estão em “lay-off".

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Um total de 425 trabalhadores precários vão ser dispensados após a paragem da Autoeuropa, disse à Renascença Daniel Bernardino, coordenador das Comissões de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial.

A empresa suspendeu a produção por nove semanas devido à falta de um componente fundamental para o fabrico de automóveis.

A comissão de trabalhadores esteve reunida esta terça-feira com o Governo e pediu medidas de proteção social para quem fica no desemprego e o pagamento dos salários a 100% para os trabalhadores que estão em “lay-off".

À saída da reunião com o executivo, o representante da comissão de trabalhadores referiu ter “esperança” que todos os trabalhadores venham a ser apoiados.

“Viemos com alguma esperança de identificar algumas situações que possam ser revertidas no caso de trabalhadores despedidos, desde que as empresas tenham essa pretensão de manter os trabalhadores e poderem beneficiar de apoios por parte do Governo”, adianta o coordenador das Comissões de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial.

“Há questões técnicas que estão a ser desenvolvidas. No próximo dia 19 vamos voltar a reunir com o gabinete da Sra. ministra, que está a trabalhar na aceleração no caso dos lay-off para que os trabalhadores tenham o seu rendimento garantido o mais rápido possível”, refere Daniel Bernardino.

A fábrica de automóveis da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, iniciou na segunda-feira uma paragem de produção de nove semanas.

A paragem de produção deve-se às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, que foi severamente afetado pelas cheias que ocorreram no início do mês de agosto naquele país.

A Autoeuropa, que decidiu recorrer ao `lay-off´ durante a paragem de produção, vai assegurar o pagamento de 95% dos salários aos seus trabalhadores, mas há diversas empresas do parque industrial que se preparam para aplicar cortes salariais de 5%, 10% e 33%.

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