01 nov, 2023 - 17:58 • Filipa Ribeiro , Daniela Espírito Santo
O ministro da Economia anunciou, esta terça-feira, novidades no processo de venda da EFACEC e falou de um "dia feliz", mas o PSD não tem a mesma opinião. O partido da oposição já reagiu, considerando que não se sabe para quem é que hoje é um dia feliz, mas que não será, "seguramente, para os contribuintes portugueses”.
À Renascença, o presidente do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, recorda que entre o valor que foi já colocado pelo Estado e o que ainda vai ser investido a propósito da venda (160 milhões de euros), foram colocados no total 400 milhões de euros do dinheiro dos contribuintes na EFACEC, que vai passar para um grupo privado.
Para Joaquim Miranda Sarmento, as explicações hoje apresentadas em conferência de imprensa nada dizem sobre o que vai acontecer, pelo que o PSD vai chamar o ministro da Economia ao Parlamento com urgência, sublinhando que o primeiro-ministro é, no entanto, o principal responsável.
Também o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, se pronunciou, esta quarta-feira, sobre o mesmo assunto. Através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), o presidente da IL diz que "o Governo de António Costa enterrou 400 milhões de euros nos contribuintes na EFACEC", entre "injeção direta, suprimentos e obrigações".
"É mais um enorme sorvedouro do nosso dinheiro, apadrinhado pelos socialistas", refere.
"Se considerarmos os 180 milhões de euros para capitalização e outros programas avulsos, podemos chegar, com boa vontade, a 300 milhões canalizados para as empresas no Orçamento do Estado para 2024. António Costa pôs mais 100 milhões numa única empresa do que prevê no Orçamento do Estado para toda a economia durante um ano", exemplifica.
"Ainda assim, o ministro da Economia diz que hoje é um dia feliz. Não quero imaginar o tamanho do desastre finceiro que seria necessário para tirar o sorriso a António Costa e Silva", remata.
[notícia atualizada às 21h17 de 1 de novembro de 2023]