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Forças Armadas

Sargentos reclamam mais um ano de retroativos do suplemento da condição militar

24 nov, 2023 - 14:17 • Redação com Lusa

Associação Nacional de Sargentos critica "meias bondades" do Governo na ratificação do acréscimo, de 30 para 100 euros, do suplemento atribuído a todos os militares das Forças Armadas.

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A Associação Nacional de Sargentos (ANS) defende que o aumento do suplemento da condição militar deve ser pago com retroativos a janeiro de 2022, mais um ano do que o aprovado, na quinta-feira, pelo Governo.

Em causa está o acréscimo de 30 para 100 euros da componente fixa do suplemento da condição militar que é atribuído a todos os militares das Forças Armadas, que foi aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira, com efeitos retroativos a janeiro deste ano.

Em comunicado, a ANS salienta que esta medida para os militares "vem a reboque" do que foi já aplicado aos profissionais das forças e serviços de segurança desde janeiro de 2022.

"Para que não se enganem os cidadãos em geral, nem os militares, e ainda menos os sargentos, anunciando a atribuição do reconhecimento de 'meias bondades', onde o Governo refere que esta medida tem efeitos retroativos a janeiro de 2023, deveria afirmar que tem efeitos retroativos a janeiro de 2022", refere a associação liderada por Lima Coelho.

O comunicado lamenta ainda que o Governo tivesse solicitado comentários à ANS "com poucos dias de antecedência" da aprovação do aumento do suplemento apenas para permitir que, no preâmbulo do diploma, constasse que "foram ouvidas as associações".

"Anunciam a coisa como sendo uma valorização dos militares e uma necessária atualização deste instrumento remuneratório, em função da especial natureza da condição militar e do regime de prestação de serviço, da permanente disponibilidade e dos ónus e restrições específicas do seu estatuto, mas esbulham um ano deste efeito, ficam a dever dinheiro aos militares e ainda esperam que estes fiquem agradecidos", critica a associação.

A ANS alerta também que, "enquanto não houver coragem política" para melhorar o regime remuneratório nas Forças Armadas, o recrutamento e a retenção de militares continuará a estar em causa.

"E o Governo pode fazê-lo, querendo, pois ainda se encontra em plenitude de funções", apesar de estarem marcadas eleições legislativas antecipadas para 10 de março, adianta a associação.

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