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Salário mínimo de 870 euros? "Aumentos são sempre boas notícias, mas é insuficiente"

25 set, 2024 - 10:36 • André Rodrigues

José Abraão, da FESAP, reclama mais ambição ao Governo e vai apresentar uma contraproposta a rondar os 900 euros.

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O secretário-geral da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP), afeta à UGT, considera “insuficiente” um eventual aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 870 euros em 2025.

De acordo com a imprensa desta quarta-feira, é essa a proposta que o Governo se prepara para apresentar aos parceiros sociais.

Em declarações à Renascença, José Abraão reconhece que “aumentos dos salários são sempre boas notícias; a questão é saber se este valor de 870 euros é suficiente para fazer face àquilo que são as necessidades dos mais jovens e de muitos funcionários públicos que fazem parte de uma classe média e média baixa”.

“Para nós, 870 euros são, apenas, um princípio de conversa”, sublinha o dirigente da FESAP que acrescenta que “o Governo deveria ser mais ambicioso”.

José Abraão acena com uma contraproposta de aumento do SMN para “perto dos 900 euros” que vai ser apresentada numa próxima ronda negocial com o Executivo.

É preciso dar verdade ao discurso político. Anda toda a gente preocupada com os jovens que vão embora e só há uma forma de os reter: aumentar salários e não tanto essa panaceia de aumentar rendimentos, porque, muitas vezes aumentam-se rendimentos que não são permanentes. Já os aumentos dos salários são permanentes”, remata Abraão.

Contactada pela Renascença, fonte do Ministério do Trabalho e da Segurança Social confirma que, nas últimas horas, enviou uma proposta aos parceiros sociais, mas não revelou mais detalhes.

Também contactado pela Renascença, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, diz que está a analisar a proposta do Governo e remete uma posição para depois do encontro da concertação social.

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