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BCE

Lagarde espera aumento da inflação no final do ano e não antecipa corte dos juros

04 dez, 2024 - 15:34 • Sandra Afonso

Presidente do Banco Central Europeu garante que as taxas de juro diretórias vão voltar a ser avaliadas na próxima semana, depois de terem baixado há duas semanas.

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A Presidente do Banco Central Europeu anunciou esta quarta-feira que as projeções apontam para uma subida da inflação no quarto trimestre de 2024 e o abrandamento das economias do euro.

Ouvida esta quarta-feira no Parlamento Europeu, Christine Lagarde explicou aos eurodeputados que “em termos prospetivos, espera-se que a inflação aumente temporariamente no quarto trimestre deste ano, à medida que as anteriores quedas acentuadas dos preços da energia deixem de ser registadas nas taxas anuais, antes de descer para o objetivo (de 2%) no decurso do próximo ano, em 2025".

Lagarde garante que "o processo de desinflação está bem encaminhado" e atribui este novo aumento à "moderação da queda dos preços da energia e a um aumento da inflação dos produtos alimentares".

O BCE baixou há duas semanas, pela terceira vez, as taxas de juro diretoras. Christine Lagarde garante que as taxas vão voltar a ser avaliadas na próxima semana, “seguindo a nossa abordagem orientada por dados e de reunião para reunião”, mas não deixa garantias de um novo corte antes do final do ano. “Não nos comprometemos previamente com uma determinada trajetória para a taxa".

Christine Lagarde lembrou ainda os eurodeputados que o crescimento na zona euro no primeiro semestre foi “moderado”, depois de cinco trimestres de estagnação. “Os dados baseados em inquéritos sugerem que o crescimento será mais fraco a curto prazo, devido ao abrandamento do crescimento no setor dos serviços e à continuação da contração na indústria transformadora”.

Felizmente, “numa fase posterior, a recuperação económica da zona euro deverá começar a ganhar algum fôlego”, segundo a presidente do BCE. Prevê-se que “as despesas de consumo aumentem à medida que os rendimentos reais aumentam e que o investimento recupere à medida que o impacto da anterior contração da política monetária se desvanece".

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