28 nov, 2018 - 09:48
A representante de Michael Schumacher, Sabine Kehm, revelou que o círculo mais próximo do piloto alemão mantém o seu estado de saúde envolto em mistério, desde o grave acidente que quase o matou, há cinco anos, porque o anonimato sempre foi um "sonho secreto" dele.
Em dezembro de 2013, o sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1 bateu com a cabeça numa rocha e precisou de ser levado de imediato, de helicóptero, para o hospital, para uma intervenção neurocirúrgica, tendo sido submetido a duas operações urgentes. O capacete salvara-lhe a vida. Schumacher ficou em coma até abril de 2014 e foi levado para casa, junto a Genebra, na Suíça, em setembro desse ano. Desde então, as atualizações sobre o seu estado de saúde têm sido raras.
Numa reunião de profissionais dos media, em março de 2016, Sabine Kehm revelou o porquê. As declarações vieram à luz esta quarta-feira:
"No geral, os media nunca se focaram na vida privada do Michael e da Corinna [mulher do piloto]. Quando ele estava a viver na Suíça, por exemplo, ficou claro que ele era um homem discreto. Uma vez, numa longa discussão, o Michael disse-me: 'Não precisas de me ligar para o ano, eu estou a desaparecer'. Penso que o sonho secreto dele sempre foi poder fazer isso, um dia. É por isso que mesmo agora quero continuar a proteger os seus desejos e não deixar que nada saia cá para fora."
O pouco que se sabe
A imprensa internacional avançou, recentemente, que o antigo piloto está numa sala sob a supervisão de uma equipa médica de 15 elementos e coordenada pelo clínico Richard Frackowiak - cuidados médicos que custarão mais de 130 mil euros por semana.
A 13 de novembro, veio a público uma carta da mulher de Schumacher. Corinna escreveu nela que o piloto "é um lutador". No início da época de Fórmula 1 de 2018, Sabine Kehm revelou que o apoio dos fãs é apreciado, mas deixou um aviso. "As pessoas têm de entender que [o estado de saúde de Michael] não é algo para ser partilhado em público", explicou.
Em agosto, um amigo da família revelou, à revista francesa "Paris Match": "Quando o deixas, na sua cadeira de rodas, virado para as belas paisagens das montanhas sobre o lago, o Michael às vezes chora".