09 out, 2019 - 15:56 • Lusa
O tufão Hagibis pode condicionar a realização do Grande Prémio do Japão e os jogos do Campeonato do Mundo de Râguebi.
Atualmente classificado como um tufão "violento", no topo da escala de intensidade ciclónica no Japão, o Hagibis está a dirigir-se para o sudeste do país e poderá atingir a área de Tóquio no sábado, alertaram esta quarta-feira os meteorologistas japoneses
De acordo com um responsável da Agência Meteorológica Japonesa (JMA), o poder atual de Hagibis é semelhante ao de quatro dos maiores tufões que o Japão viu nas últimas décadas, incluindo o Faxai no mês passado, que provocou danos significativos em Chiba, nos subúrbios de Tóquio.
Para sábado, "espera-se velocidades de vento de 45 metros por segundo" ou 162 quilómetros por hora, disse o responsável numa conferência de imprensa.
"O tufão causará fortes chuvas em grande parte do país. Os ventos fortes soprarão primeiro, seguidos por chuvas torrenciais", declarou, acrescentando que nas zonas costeiras são esperadas ondas violentas.
"Pedimos aos residentes que procedam a saídas voluntárias antecipadas e sigam as instruções de retirada emitidas pelas autoridades locais", insistiu o responsável da Agência Meteorológica do Japão.
Se o tufão não perder força até sábado, poderá atrapalhar ou até impedir a realização de várias partidas do Mundial de Râguebi que estão a ser realizadas atualmente no Japão, incluindo França-Inglaterra no sábado, em Yokohama, perto de Tóquio.
Os organizadores do Mundial de Râguebi planearam diferentes soluções, desde o adiamento do início de um jogo, a mudança de local e o cancelamento de um encontro da fase de grupos, que poderia ser a primeira vez nesta prova.
Outro evento que reúne dezenas de milhares de espetadores é o Grande Prémio de Fórmula 1 de Suzuka (Japão central), que também pode ser ameaçado, a decorrer no domingo, com as sessões de treinos livres e qualificação a serem realizadas na sexta-feira e sábado.
No início da noite desta terça-feira (horário japonês), o Hagibis estava a mover-se no Pacífico a cerca de 1.000 quilómetros ao sul de Tóquio, com rajadas de vento de até 270 quilómetros por hora, de acordo com a JMA.