15 mai, 2019 - 17:36 • Paula Caeiro Varela
Pedro Santana Lopes esteve esta quarta-feira em Coimbra com Paulo Sande, candidato número um do seu partido Aliança, para um debate sobre as profissões do futuro, inserido num workshop da Casa Municipal de Cultura dedicado ao tema.
Questionado pela Renascença sobre a forma como a campanha para as eleições europeias está a decorrer, agora ao leme de um partido novo que concorre pela primeira vez a eleições, Santana Lopes defende que os partidos tradicionais estão a merecer um "grande susto", um que espera que os portugueses preguem na ida às urnas a 26 de maio. Nesse dia, afirma, pode abrir-se um novo ciclo porque "a política está a precisar de arejar".
Na iniciativa de campanha, numa pequena e escura sala da Casa Municipal da Cultura, esteve também o cabeça-de-lista do Aliança às europeias, Paulo Sande, para debater aquilo que lamenta que os maiores partidos não queiram discutir: temas como a coesão europeia, como é que a Europa pode recuperar em termos de desenvolvimento tecnológico e inovação ou como é que a Europa recupera a legitimidade democrática.
"Deviam ser discutidos diariamente", considera o candidato. "O problema é que, como ninguém quer discutir e nós temos dificuldade em fazer campanha como os outros, todos os dias, acabamos por ser uma voz a pregar não bem no deserto mas, neste caso, um pouco pelo país fora", sustenta.
"Se quiséssemos fazer chicana política também sabíamos, mas não queremos"
Por contraste com a campanha que vê os maiores partidos praticarem, Santana Lopes chama a atenção para a agenda de hoje do Aliança, primeiro em Coimbra, para debater as novas tecnologias e as profissões do futuro, e depois em Cascais, para o também recorrente tema "Portugal e o Mar".
Temas sérios, defende o líder do Aliança, argumentando que também podia fazer chicana política se quisesse mas que, garante, não quer.
Santana deixa ainda queixas sobre a falta de espaço mediático para os pequenos partidos e sobre a legislação em vigor, que impede maior promoção nas redes sociais.
Mesmo assim, assegura que a campanha está a correr bem: "Ainda ontem nos Açores foi muito animador." E aí estavam todos os órgãos de comunicação, rematou.