18 mai, 2019 - 17:37 • Pedro Filipe Silva
Foi ao som de “No cars go” dos Arcade Fire que Catarina Martins subiu ao palco. “Que bonita está esta sala” foram as primeiras palavras da coordenadora do Bloco de Esquerda perante as cerca de 900 pessoas que participaram no “mega almoço” (assim chamou o partido) na Sala Tejo do Altice Arena, em Lisboa.
A coordenadora do Bloco de Esquerda apelou ao voto a todos. “Aos pensionistas que em 2015 votaram no BE contra os cortes nas pensões e aos trabalhadores que Pedro Passos Coelho prometeu empobrecer”. E ainda a “quem confiou no Bloco em 2015, quem votou na Marisa Matias em 2016, no dia 26 de maio não fique em casa”, disse Catarina Martins. A líder bloquista insistiu no apelo e dirigiu-se “àqueles que nunca votaram no BE, que não votaram na Marisa Matias, mas que sabem com quem têm estado ao longo destes anos, sabem quem têm encontrado nas suas lutas, no que conta, sabem que quem tem estado, lado a lado, com cada um, com cada uma é o Bloco de Esquerda", sublinhou.
Estes apelos tiveram também um tom crítico. Catarina Martins sublinhou que na hora de votar todos são iguais “O voto de um jovem que luta pelo clima vale tanto como o voto de um administrador da Celtejo, ou dessas empresas poluentes com impunidade. Quando votamos o voto do precário vale tanto como o dono do Pingo Doce que ganha 130 vezes mais. O voto de uma mulher vale tanto como o voto dos Neto de Moura desta vida”, ouviu-se entre aplausos.
No final do discurso, Catarina Martins fez outro apelo com o nome de Marisa Matias bem sublinhado. O voto que conta é o voto no Bloco, é o voto na Marisa Matias, a campeã do clima, a campeã dos direitos humanos", concluiu.
Marisa Matias critica o “festival da hipocrisia” de PS, CDS e PSD
A cabeça de lista do Bloco de Esquerda subiu ao palco deste “mega almoço” para esclarecer que está nesta campanha para falar de Europa. Marisa Matias criticou por isso os adversários."Nas últimas semanas vocês viram que eu recusei sempre debater nos termos dos meus adversários, recusei perder-me no labirinto das restrições, do respeitinho que é muito lindo, dos salamaleques de instituições que ignoram pessoas ou nesse festival permanente e constante de hipocrisia de PS, CDS, PSD, que aprovam todos os anos o orçamento comunitário e prometem a cada eleição que desta vez, mas é desta vez, é que vão mesmo arrepender-se. Nós não acreditamos", sublinhou a eurodeputada recandidata a um terceiro mandato.