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Aeroporto do Montijo. João Ferreira acusa Governo de fazer "um favor" à Vinci

22 mai, 2019 - 13:34 • Pedro Filipe Silva

Ao lado de Heloísa Apolónia, deputada do partido ecologista Os Verdes, o cabeça de lista da CDU andou pelas ruas da Baixa da Banheira, na Moita, e deixou críticas ao Governo e à UE sobre o novo aeroporto.

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A escassos 20 quilómetros do Montijo, esta quarta-feira João Ferreira não esqueceu o novo aeroporto que ali vai ser instalado. Começou por criticar o PSD e CDS, mas também o PS.

“O Governo anterior, PSD/CDS, resolveu entregar uma empresa que dava sempre lucro ao Estado e que era estratégica a uma multinacional francesa", referiu aos jornalistas em mais uma paragem na campanha da CDU para as europeias. "O Governo atual, para fazer um favor a essa multinacional e para agradar a União Europeia, pôs de lado um trabalho de anos, onde se gastou tempo e dinheiro”, criticou, fazendo alusão aos estudos sobre o novo aeroporto em Alcochete.

O candidato da CDU às eleições do próximo domingo defendeu, por isso, que o futuro não passa pelo Montijo.

“Esta não é uma solução de futuro, é uma solução que vai atamancar o problema. Para uma solução de futuro é evidente que é necessário investimento público”, referiu. Daí avançou para críticas a Bruxelas. “Sabemos que a União Europeia condiciona esse investimento público.”

João Ferreira sublinha que há outras infraestruturas onde é necessário investimento, facto que refere ser importante a considerar na ida às urnas.

“É necessário que nestas eleições se dê uma resposta a esse tipo de constrangimentos. Entre as necessidades de investimento do país e a necessidade de cumprir critérios que outros dizem que são estúpidos e que não cumprem, mas que a Portugal nos querem obrigar a cumpri-los. Nós temos de optar pelos investimentos que fazem falta ao país.”

Perante o que tem acontecido nos últimos anos, João Ferreira acredita num recuo, com intervenção das populações. “O que mais tem havido na história do novo aeroporto de Lisboa são recuos. Eu creio que aqui há um aspeto decisivo e determinante, que é a mobilização das populações, que neste momento se levantam na luta contra esta solução. Seja aqui do Montijo, da Moita, da Baixa da Banheira, seja em Lisboa, onde centenas de milhares de pessoas convivem todos os dias com uma infraestrutura que traz um impacto tremendo à sua saúde e ao ambiente que vivem.”, concluiu o candidato comunista.
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