26 mai, 2019 - 21:40 • Redação
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O comentador da Renascença Pedro Santos Guerreiro considera que os resultados das eleições europeias não permitem fazer uma antevisão do que pode acontecer nas legislativas de outubro, por causa da elevada abstenção.
“Dois em cada três portugueses decidiram não ir votar”, lembra Santos Guerreiro. “Daqui a poucos meses em princípio o número de votantes será muito superior e isso pode mudar tudo”, acrescenta.
Santos Guerreiro mostra-se muito preocupado com os previsíveis níveis de abstenção, considerando que, a confirmarem-se, “colocam-se questões que têm a ver com a legitimidade dos próprios resultados”, argumenta. “Tem que se discutir formas inteligentes de tornar as eleições mais participadas”, adverte.
Já Henrique Monteiro considera que as “as pessoas abstêm-se porque não se interessam” e defende a criação de “um incentivo para votar”.
O comentador da Renascença diz ainda que um dos problemas relativamente à falta de participação está relacionada com a falta de informação sobre a importância deste momento. Neste caso, Henrique Monteiro aponta o dedo “aos nossos queridos governantes” que, acusa, “agem como Alberto João Jardim agia na Madeira. Tudo o que corria bem era mérito dele, o que corria mal era culpa do continente. Tudo o que corre mal é culpa da Europa. Tudo o que corre bem é mérito do Dr. Costa”, diz.
Numa visão partidária, Graça Franco olha para a prestação de alguns partidos. Graça Franco considera que os líderes e cabeças de lista do CDS e PSD tiveram comportamentos opostos. “Enquanto no CDS, a líder puxava para a frente o candidato puxou para trás e no PSD foi o contrário. Paulo Rangel puxou para a frente e Rio fez travagem a quatro rodas”, analisa.