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"Derrota para todos". ​Partidos lamentam elevada abstenção e há quem prometa mudanças

26 mai, 2019 - 19:42 • Cristina Nascimento com Lusa

Projeções divulgadas à hora do fecho das urnas no continente e na Madeira apontam para uma abstenção na ordem dos 65% a 70%.

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Os partidos lamentam o elevado nível de abstenção que as eleições europeias deste domingo previsivelmente atingiram. As projeções divulgadas à hora do fecho das urnas no Continente e na Madeira dão conta de uma abstenção na ordem dos 65% a 70%, segundo projeção da RTP. Já a SIC aponta para abstenção entre 66,5% e 70,5%.

No PSD, o secretário-geral José Silvano considera que um aumento da abstenção é "a derrota de todos os partidos" e admite que tenham de se fazer alterações para as legislativas.

“Uma abstenção de perto de 70% é preocupante, tão preocupante que é uma derrota de todos”, disse Silvano, considerando ainda que o fenómeno “mostra o desfasamento dos partidos e os cidadãos e temos de fazer mais qualquer coisa para mudar isto”.

Já no PS, João Azevedo considera que “todos temos de refletir, incluindo a comunicação social" sobre a abstenção. Já o cabeça de lista do PS, Pedro Marques, recorda que "há um alargamento nos cadernos eleitorais e uma experiência de voto eletrónico".

No CDS, o dirigente centrista refere que, a confirmar-se, “este valor é alto”. “É mau que a abstenção seja tão alta. Há tendência para essa abstenção aumentar", diz João Almeida, acrescentando que "é fundamental que todos se sintam motivados".

Quanto ao Bloco de Esquerda, Joana Mortágua considerando que é preciso "convocar toda a sociedade para uma reflexão sobre a democracia" e a necessidade de reforçar a participação nas urnas.

A dirigente do PCP Fernanda Mateus optou por lamentar o "ruído" verificado durante a campanha eleitoral europeia e questionou a forma de fazer política em Portugal. "Naturalmente [valor da abstenção], isto não está desligado do muito ruído, de muitos aspetos que estiveram nesta campanha que se desviaram daquilo que é efetivamente central. Da nossa parte, CDU - o PCP, o PEV, a ID -, todos os ativistas e candidatos estiveram na rua a fazer uma campanha de contacto direto, de informação e prestação de contas do que fizemos no Parlamento Europeu e do que está em causa nestas eleições. Tudo fizemos para a batalha da informação e ganhar os eleitores", disse.

Já o líder do PAN, André Silva, também lamentou as previstas elevadas taxas de abstenção nas eleições europeias, considerando que representam uma "derrota para a democracia e para os partidos tradicionais", que "não conseguiram passar a mensagem".

Comentários
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  • Cidadao
    26 mai, 2019 Lisboa 20:56
    Todos lamentam, mas fazer alterações, é que nada. Nada de votar em pessoas em vez de partidos, nada de independentes genuinos poderem candidatar-se, nada de escrutínio que permita substituir deputados com avaliação negativa mesmo a meio do mandata... Nada de nada, só lamentações e promessas de alterações que vai-se a ver se limitam a tornar o voto obrigatório com multas para quem não votar, ou seja, mais um imposto encapotado.. Continuem, estão no bom caminho para a credibilização da classe politica

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