27 mai, 2019 - 02:02 • Pedro Filipe Silva
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Ainda os jornalistas não tinham chegado, já Jerónimo de Sousa e João Ferreira estavam no Centro de Trabalho Vitória do PCP, em Lisboa. Chegaram cedo, por volta das cinco da tarde. Pouco antes das sete da tarde alguns simpatizantes e militantes começavam a chegar, mas era mais notória a agitação da comunicação social.
Assim que saíram as primeiras projeções, o silêncio imperou no bar, logo à entrada da sede de campanha da CDU. Uma hora depois surge João Ferreira para reagir. O cabeça de lista a estas eleições repetiu por várias vezes que estava perante projeções, mas justificou que “cada resultado deve ser considerado em função no quadro em que é construído".
"Este quadro é muito diferente do quadro em que o resultado de 2014 foi construído. Estávamos perante um programa de intervenção da União Europeia e do FMI que deixou muito evidente o que foram intervenções da UE na degradação da situação económica e social” disse João Ferreira que apontou ainda para uma campanha de difamação, que o partido teve de enfrentar.
Desligado o microfone, os simpatizantes e militantes do PCP e do Partido Os Verdes regressaram para o bar. Foi nesse bar que se notou a grande ausência da noite: o famoso arroz doce com o desenho, com canela, da foice e do martelo.
Foi preciso esperar duas horas para se ouvir de novo as palavras em coro “A CDU avança, com toda a confiança”. Este foi sinal de que Jerónimo de Sousa estava a aproximar-se da entrada da sala onde estavam os jornalistas. Juntamente com João Ferreira, o secretário-geral do PCP subiu à tribuna.
Jerónimo de Sousa acabou por reconhecer o mau resultado da noite. “Uma campanha extraordinária, mas com um resultado negativo, assumimos. Temos de reconhecer que é uma dificuldade para a nossa luta”, sublinhou.
O secretário-geral do PCP recordou a obra feita nos últimos anos e olhou também para o futuro. "as eleições legislativas de outubro próximo serão um momento decisivo”. E outubro é já ali.