12 mai, 2017 - 09:29
O Cardeal Patriarca de Lisboa diz que a visita de Francisco é um reconhecimento da importância do Santuário. “Mais do que acentuar é um reconhecer da importância de Fátima e da sua mensagem”, diz D. Manuel Clemente.
“É um grande lugar religioso em termos mundiais. Por Fátima passa muita gente, às vezes não se sabe bem porquê, mas vêm, passam e param. Isto é o dia-a-dia”, acrescenta.
Em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã de Renascença, D. Manuel Clemente garante que está tudo “afinado” para receber Francisco.
Embora compreenda que a agenda do Papa assim o exige, gostaria que estivesse mais tempo em Portugal e fosse a outros locais. “Gostar, gostava. Mas a agenda do Papa é assim: muito pontualizada naquilo que é essencial no seu pensamento, naquilo que é periférico e precisa ser centralizado”.
A visita vai incluir um encontro oficial com o Presidente Marcelo e D. Manuel Clemente destaca a coincidência de preocupações entre os dois.
“Da parte do Presidente da República há causas que ele leva por diante que coincidem muito com as causas do Papa Francisco”, diz o Cardeal Patriarca, dando como exemplo “a insistência com o que o Presidente da República quer casa para os sem-abrigo”.
“Há aqui coincidências que não são de agora. Aliás como nós sabemos, o chefe de Estado, sendo uma pessoa de boa vontade, é também um cristão católico declarado”, remata.
O Papa Francisco chega esta tarde a Portugal para uma visita apostólica ao Santuário de Fátima, no âmbito do Centenário das Aparições, e durante a qual canonizará os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto.
Uma vasta operação de segurança está montada em torno desta visita, com milhares de operacionais envolvidos nas várias vertentes. Em Fátima, as questões relacionadas com a segurança são visíveis, desde logo nas restrições à circulação automóvel, bem como à colocação de barreiras de betão em diversos locais da cidade.
O santuário admite que para esta peregrinação de Francisco estejam em Fátima mais de um milhão de pessoas.
Francisco é o quatro papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).