13 mai, 2017 - 09:29
O Papa Francisco recebeu António Costa, na Casa de Nossa do Carmo, este sábado. O primeiro-ministro ofereceu um relicário em prata com imagem de Santo
António.
O primeiro-ministro chegou pelas 9h00 ao local,
acompanhado pela mulher, juntando-se a outros membros do Governo, como o
ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
O primeiro-ministro expressou ao Papa a vontade de Portugal colaborar na promoção dos valores da protecção dos mais frágeis, como o acolhimento aos refugiados, a promoção da paz nas instâncias internacionais e o desenvolvimento de África.
Após um encontro a sós com o líder da Igreja Católica, António Costa contou aos jornalistas que levou "uma palavra de respeito, de gratidão" pela visita, mas também "a vontade de Portugal, enquanto Estado em colaborar na promoção daqueles valores que têm sido causas importantes" para Francisco, "designadamente a protecção dos seres humanos que estão numa situação mais frágil".
"O apoio que temos dado aos refugiados, a grande preocupação que o Santo Padre tem revelado relativamente à necessidade de desenvolvimento do continente africano e as responsabilidades que Portugal tem nessa matéria, a colaboração para a paz em todo o mundo e a construção quer ao nível das Nações Unidas, quer ao nível sobretudo da União Europeia, de novas uniões de valores para defesa da dignidade da pessoa humana", relatou o governante sobre os temas falados no encontro.
Reencontro com
refugiados
Depois do encontro com Costa, o Papa reencontrou uma família de refugiados. Formada por oito pessoas oriundas do Iraque, a família entrou na casa onde o líder da Igreja Católica pernoitou juntamente com membros do Governo, nomeadamente o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita.
O Papa já conheceu a família em 2016 num campo de refugiados perto de Roma, durante a semana santa pascal.
Sensibilizado pela história da família, que inclui fugas da Palestina para o Iraque (em 1954) e da Síria para a Europa que incluiu num percurso marítimo até à ilha italiana de Lampedusa, o Papa manteve o contacto com refugiados que vivem hoje na Batalha, perto de Fátima.
Apesar de muçulmana, a família tem uma grande devoção a Nossa Senhora por ser mãe de Jesus Cristo, considerado um dos profetas do islão, precursor de Maomé.
Depois de conseguir o estatuto de refugiados o estatuto de refugiados em Itália, os membros da família foram seleccionados num programa de realojamento da União Europeia e estão hoje a viver na Batalha, a três quilómetros.
Mancha humana espera o Papa
Milhares de peregrinos enchem o recinto do Santuário de Fátima quando faltam mais de duas horas para o início das cerimónias de celebração do centenário das “aparições” e de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco, presididas pelo papa.
O Papa Francisco canoniza, em Fátima, os beatos Jacinta e Francisco Marto, duas crianças que, em 1917, afirmaram ter assistido à aparição de Nossa Senhora.
Estas serão as duas primeiras crianças não mártires a ser elevadas à categoria de santos pela Igreja Católica.
A canonização marca o ponto alto das comemorações do centenário das aparições da Cova da Iria e tem lugar no início da missa que o Papa concelebrará no altar do recinto a partir das 10h00.
A Renascença acompanha a viagem do Papa Francisco. Apoio Santa Casa da Misericórdia de Lisboa