26 jan, 2016 - 14:08
O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol estranha o contrato de patrocínio que a Liga de Clubes assinou com uma empresa chinesa para a Segunda Liga Portuguesa e que obriga à inclusão de dez jogadores chineses nos dez melhores classificados da competição.
Numa reacção em Bola Branca, Joaquim Evangelista mostra surpresa pelo teor do protocolo e alerta para os perigos do acordo assinado.
“A minha primeira reacção é de surpresa. Enquanto parceiros da Liga deveríamos ter conhecimento de uma medida que envolve a utilização de jogadores estrangeiros nas competições nacionais. Há pouco tempo, o sindicato celebrou um protocolo com a Liga aceitando reduzir a massa salarial, tendo como contrapartida a aposta no jogador português. Estranhamos esta posição contrária ao que foi negociado”, argumenta.
“Beliscar o que tem a ver com as condições desportivas é estranho e pode por em causa a transparência e a verdade desportiva”, alerta.
Os perigos dos resultados combinados
O sindicato tem chamado a atenção para o conjunto de investidores que tem entrado no futebol português e sem resultados positivos. “A chegada desses investidores, nomeadamente chineses, não se tem revelado positiva no sentido de resolver os problemas dos clubes”, sublinha.
Reunião urgente com Proença
Pedro Proença encontra-se na China, onde celebrou o protocolo com a empresa Ledman. Joaquim Evangelista vai pedir uma reunião com carácter urgente ao presidente da Liga para esclarecer os pontos do protocolo que estão a causar a inquietação do Sindicato dos Jogadores.
“É legítima a preocupação do sindicato e dos agentes do futebol. Pedro Proença tem de nos convencer que este acordo garante a verdade desportiva, condições mais vantajosas e salvaguarda a aposta nos jogadores nacionais”, avisa.