Sindicato já sabe quem são os jogadores do Rio Ave envolvidos na viciação de resultados

O presidente do Sindicato dos Jogadores de Futebol, Joaquim Evangelista, disse, esta quinta-feira, a por Bola Branca, saber quem são os jogadores do Rio Ave constituídos arguidos por, alegadamente, terem recebido para perder o jogo com o Feirense, realizado em Fevereiro e a contar para a Liga 2016/2017.

"Por respeito aos próprios, não vou revelar o nome dos jogadores implicados, não sou eu que o tornarei público. Já falei com o presidente do Rio Ave e com o capitão de equipa. Falei com responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga de Clubes e a nossa preocupação é fazer a defesa do futebol português e eu, em particular, dos jogadores", declarou o presidente do sindicato.

Evangelista considera que a manipulação de resultados representa uma ameaça séria à integridade das competições e, por isso, defende que "as autoridades devem levar estes casos até às últimas consequências, doa a quem doer, seja qual for a instituição que esteja envolvida e quer sejam jogadores ou não".

"Há muito tempo que o Sindicato alerta as autoridades, os agentes desportivos e todos os jogadores para este fenómeno", enfatiza, acrescentando que "é necessária celeridade" para a resolução do caso.

"O fenómeno da manipulação de resultados e a ameaça que representa para a integridade das competições, no caso da Liga NOS, a imagem do futebol português e a carreira dos jogadores alegadamente envolvidos exige, em respeito pelo segredo de justiça e pelo princípio da presunção de inocência, um tratamento cuidadoso pelas instâncias que aplicam a justiça criminal e desportiva", pode ler-se, também, num comunicado emitido pelo Sindicato dos Jogadores.

Segundo a SIC, os jogadores estão a ser investigados por, supostamente, terem sido pagos para perderem um jogo com o Feirense, na Feira, que acabou com o resultado de 2-1, a favor da equipa da casa. Antes do seu início, a partida que registou um volume anormal de apostas , em particular da China, o que levou o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a suspender - horas antes do início do encontro - as apostas do “Placard”.