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Justiça

"Mala Ciao". Vitória de Setúbal confirma buscas no Bonfim

25 jun, 2018 - 16:18

"O objeto da investigação reporta a factos ocorridos em data anterior ao início do mandato da actual Direção e Administração", pode ler-se no comunicado emitido pelo emblema presidido por Vítor Hugo Valente.

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O Vitória de Setúbal confirmou, na tarde desta segunda-feira, que decorreram buscas nas instalações do clube e da SAD, na sequência do arranque da operação "Mala Ciao", que envolve ainda Benfica, Paços de Ferreira e Desportivo das Aves.

"O objeto da investigação reporta a factos ocorridos em data anterior ao início do mandato da actual Direção e Administração", pode ler-se no comunicado emitido pelo emblema presidido por Vítor Hugo Valente.

"Foi prestada toda a colaboração solicitada como, aliás, é apanágio da nossa Instituição. O processo encontra-se em segredo de justiça", completa a referida nota.

"Mala Ciao" em quatro parágrafos

A Procuradoria Geral da República (PGR) emitiu, esta segunda-feira, uma nota informativa na qual esclarece que "no âmbito de um inquérito da secção distrital do DIAP do Porto, foi determinada a realização de 14 buscas domiciliárias e dez não domiciliárias, quatro das quais a sociedades desportivas".

A PGR não especifica quais os clubes visados, mas avança que a operação, denominada Operação Mala Ciao, "investiga a prática de factos suscetíveis de integrar os crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e oferta ou recebimento indevido de vantagem".

Além de buscas às instalações do Benfica, do Desportivo das Aves, do Paços de Ferreira e do Vitória de Setúbal, a PJ fez também buscas a outros agentes desportivos. Em causa está o alegado pagamento a terceiros para vencerem jogos.

A prática é conhecida como "jogo da mala" e é punida criminalmente, com uma pena que pode ir aos cinco anos de prisão. A nível desportivo, o Regulamento Disciplinar da Liga determina que essa conduta é proibida. O artigo 84 prevê punição com sanção de multa de montante a fixar entre 12.750 euros e 25.500 euros. No entanto, a Liga pretende agravar a pena.

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