31 ago, 2019 - 20:06 • Cristina Nascimento com Lusa
O presidente do PSD, Rui Rio, lançou várias críticas ao PS e deixou promessas de guerra no discurso que fez em Monchique, na Festa do Pombal.
Rui Rio começou por apresentar alguns dos rostos que fazem parte das listas dos partidos às eleições legislativas de outubro, realçando que são “caras novas” e que traduzem uma aposta do partido na renovação.
“É uma equipa renovada para servir Portugal. Mas antes de servir Portugal tem de fundamentalmente combater o Partido Socialista”, disse Rio.
O social-democrata elencou depois várias razões que, segundo Rio, são argumentos que devem levar os portugueses a não votar no PS. A utilização do Estado pelos socialistas para "servir o próprio partido e as suas famílias" ou a incapacidade para aproveitar a conjuntura económica, nomeadamente com taxas de juros negativas, para relançar a economia nacional, foram alguns dos pontos negativos apontados por Rui Rio à governação do PS.
As críticas passaram ainda pelo que Rui Rio disse ser a degradação dos serviços públicos, pelo aumento das listas de espera para cirurgias, pela "novidade socialista" das falhas do INEM, pela crescente falta de médicos e pelas novas medidas de incentivo à utilização dos serviços públicos, feitas "em cima do joelho", já que os prestadores de serviços "já vieram dizer que ainda não receberam as compensações indemnizatórias".
Depois das críticas, Rio focou o discurso nas prioridades do PSD. O presidente do partido prometeu, por exemplo, “comprar uma guerra pela descentralização”.
Tornar a justiça mais eficaz é outro dos objetivos do partido, concentrado nos problemas da corrupção que "não se resolvem com notícias nos jornais", afirmou Rui Rio, mas quando "a acusação dá lugar a um julgamento e a uma condenação. "Os julgamentos fazem-se nos tribunais e não nos jornais", reforçou o presidente do PSD.
Ao longo do discurso ainda houve tempo para anunciar medidas a favor do ambiente, para se criar um "planeta que as pessoas merecem", com uma menor produção de dióxido de carbono e uma melhor florestação do país que permita a neutralidade carbónica.
Já na reta final do discurso, Rio lembrou a figura do poeta algarvio António Aleixo. “Se fosse vivo, pedia-lhe que fizesse umas quadras sobre a governação do PS”, disse Rio. Não sendo possível ter o contributo de António Aleixo, Rio partilhou algumas rimas sobre o assunto.
“PS governa mal/só o presente lhe interessa./O futuro de Portugal/É coisa que não tem pressa.”, rimou.