31 ago, 2019 - 12:17 • Redação com Lusa
O presidente do PSD, Rui Rio, reafirma que não comenta números de sondagens, estudos que “desvaloriza por completo”.
Questionado sobre as sondagens divulgadas este sábado pela TSF, que indicam um resultado de 20,4% ao PSD nas eleições de outubro, o líder do PSD afirmou que há que saber dividir “entre as que estão bem feitas e se enganam e as que são feitas para produzir determinados resultados”.
Rio considera “possível” o PSD ganhar as legislativas. Assume que “fácil não é”, “mas não é tão difícil como o que escrevem, particularmente nas sondagens”.
“Agora, podem ir saindo umas sondagens atrás das outras a ver se desmoralizam uma pessoa. A mim não me desmoralizam de certeza, pelo contrário”, afirmou.
Rui Rio deu esta manhã início à Festa do Pontal em Monchique, com uma ação de plantação de medronheiros, seguida de um jogo de futebol, com dirigentes nacionais, autarcas e militantes sociais democratas.
Rio promete campanha sem grandes comícios e com mais conteúdo
Em Monchique, Rui Rio afirmou que a campanha do PSD para as eleições legislativas de outubro vai ser inovadora, com mais conteúdo, menos gritaria e sem insulto ao adversário.
“Vai haver muitos menos comícios com jantares onde se come a sopa, se agita a bandeira e se bate palmas e não se ouve quem fala”, disse o líder social-democrata aos jornalistas em Monchique, após a primeira ação da Festa do Pontal, com a plantação simbólica de 10 medronheiros.
Considerando que as campanhas a que os partidos se habituaram nos últimos 40 anos “descredibilizam a política”, Rui Rio sublinhou que é preciso trazer um novo discurso “com mais “moderação, equilíbrio e racionalidade”.
Já enveredando o equipamento - com o número sete na costas, como Cristiano Ronaldo - para o jogo de futebol que se seguia na festa social democrata, - Rui Rio afirmou, no entanto, que “o PS montou um circo e dramatizou muito a governação”, principalmente em momentos que está mais atrapalhado como “puxar o caso dos professores quando surgiu a questão das nomeações de familiares” ou mais recentemente, com a greve dos motoristas, onde “dramatizou, para depois parecer que resolveu uma questão muito complicada”.
As intervenções políticas estão marcadas para as 18 horas no Largo do Mirante em Monchique, onde serão apresentados os cabeças de listas do PSD.
A Festa do Pontal teve início a 29 de agosto de 1976, numa mata junto ao aeroporto de Faro, que deu nome à festa, como forma de afirmação do PSD no Algarve, com a presença do fundador do partido Francisco Sá Carneiro.
Com Cavaco Silva passou para a baixa da capital algarvia e com Pedro Passos Coelho a festa social-democrata retomou a tradição de contar com a presença do presidente do partido, depois de a sua antecessora Manuela Ferreira Leite não ter estado nas duas edições que se realizaram no seu mandato.
Ao longo dos anos já se realizou em diversos locais no Algarve, e contou com líderes como Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Filipe Menezes e Marques Mendes.