12 set, 2019 - 12:58 • Lusa
A presidente dos democratas-cristãos, Assunção Cristas, pede aos eleitores que deem mais força ao CDS-PP para conseguir aprovar medidas de apoio aos antigos combatentes e deficientes das Forças Armadas, por exemplo, em termos de aposentação.
"Esperemos que possamos ter mais força para que também esta agenda tenha ganho de causa", afirmou, esta quinta-feira
No final de uma visita à sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), em Lisboa, Assunção Cristas referiu que o CDS-PP tem no seu programa eleitoral medidas como a reposição dos anteriores termos de "contagem do tempo de serviço em cenários de maior perigosidade, que foi alterada em 2009".
Outras propostas do CDS-PP têm a ver com "a consideração de lesões, de deficientação que foi feita num contexto de guerra, embora não propriamente num contexto de batalha", e com "a necessidade de reavaliar o nível da deficiência, porque a doença agrava-se às vezes com o passar do tempo", apontou.
"O que gostaremos é de poder ter mais força para podermos levar por diante as nossas propostas, que são propostas de justiça, de reconhecimento e de valorização do papel destas pessoas, que hoje já não são os jovens que eram há 40 e há 50 anos", declarou Assunção Cristas aos jornalistas.
Segundo a presidente do CDS-PP, estas medidas não representam "nada que implique esforços incomportáveis do ponto de vista financeiro – e esse também é um aspeto relevante, porque às vezes as reivindicações são justas, mas os custos são incomportáveis, não é aquilo de que estamos a falar neste caso".
Assunção Cristas defendeu que são compromissos "de uma grande justiça" e que "neste momento em que há mais disponibilidade devem ser assumidos".
"É possível, com vontade política. E lamentamos que não tenha sido possível fazê-lo nesta legislatura, aprovar um estatuto do deficiente das Forças Armadas e repor questões de profunda justiça de reconhecimento e valorização destes homens", acrescentou.
Esta visita do CDS-PP aconteceu em resposta a um convite da ADFA, que, de acordo com o portal da associação, "enviou um convite a todos os partidos políticos para que se desloquem à associação e apresentem os seus programas eleitorais" às legislativas de 06 de outubro.
Durante esta visita, o presidente da ADFA, o coronel Manuel Lopes Dias, elogiou o deputado do CDS-PP João Rebelo, que acompanhou Assunção Cristas, considerando-o "uma voz liderante na Assembleia em defesa dos direitos da reparação devida aos deficientes militares".
Manuel Lopes Dias mencionou que a ADFA tem cerca de 13.500 associados e apelou aos partidos políticos para que não deixem esquecer a guerra colonial e tenham atenção às "feridas por sarar em relação a uma geração que está bem viva".
Assunção Cristas frisou que o seu partido está comprometido "com a causa dos antigos combatentes e dos deficientes das Forças Armadas" e tem estado ao seu lado "desde a primeira hora e sempre que pode, com propostas concretas no parlamento".
A presidente do CDS-PP disse que a guerra colonial "continua a perdurar nestas pessoas e nas suas famílias" e que é devida "uma reconciliação também e uma valorização do trabalho que milhares de homens fizeram por amor à pátria e em obediência ao que então foi decidido".