24 set, 2019 - 00:25 • Redação
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O líder do PS, António Costa, critica o programa do PSD e considera que Rui Rio é um “ultraotimista”, porque as suas previsões ultrapassam as de várias instituições nacionais e internacionais.
“Propõe como é tradição do PSD um enorme choque fiscal, cortar 3.700 milhões de euros de impostos, mas prevê um aumento de dois mil milhões de euros da receita”, começou por afirmar António Costa.
O secretário-geral socialista e primeiro-ministro compara esta previsão de receita a arrecadar pelo Estado é um “milagre” e “ultraotimista”.
“É um milagre e explica isso com uma previsão do crescimento do PIB, só que a sua previsão do crescimento, eu que sou tido por otimista, o meu amigo, cuidado, é um ultraotimista, porque ultrapassa as previsões do Banco de Portugal, do FMI, do Conselho das Finanças Públicas”, declarou António Costa.
O líder do PSD, que já tinha acusado o atual Governo da "maior carga fiscal de sempre", explicou os números do seu programa e negou que os seus números são fundamentados com uma margem orçamental de 15 mil milhões de euros em 2023, em comparação com este ano.
“O que faço aos 15 mil milhões? Reduzo impostos, aumento investimento público e aumento despesa corrente. Portanto, é fazer as contas”, diz. É simples. “Qual é o milagre?”, afirmou Rui Rio.
Antes, o secretário-geral do PSD tinha confrontado António Costa com o desaparecimento do imposto sucessório do programa eleitoral socialista. O líder do PS respondeu que isso aconteceu porque "era uma medida que era complementar de uma outra que tinha a ver com o imposto negativo" e porque, nas negociações para a formação da "Geringonça", o Bloco de Esquerda e o PCP "não aceitavam a solução".