26 set, 2019 - 18:26 • João Cunha
Assunção Cristas cumpre mais um dia de campanha para as legislativas. De manhã, em Lamego, visitou a feira - e logo à chegada, José Pinto, líder da concelhia, dirigiu-se a um dos feirantes e deixou-lhe um pedido: “Tu põe-me a ciganada toda a votar CDS!”
A líder do partido lá foi percorrendo as bancas - com roupa, tapetes e artigos para a agricultura - à medida que ia distribuindo a feirantes e compradores cumprimentos, folhetos de campanha, beijos e força para mudar e “para eleger o Hélder Amaral.”
A dada altura, durante o percurso, um septuagenário dirige-se a Assunção Cristas: “Tanto vale ir para lá Pedro como Paulo. É tudo por igual, só querem é a carteira. Senão não faziam tanta política”. A líder centrista aproveita e remata a conversa, referindo que “isso é verdade. Temos a maior carga fiscal agora. Isso é um facto. Precisamos de mudar para baixar”.
Logo depois, uma simpatizante confessou que gostaria de ver Cristas a ganhar, para “não serem sempre os mesmos, os homens”.
E o caso de Tancos voltou à campanha, não tivesse sido este o dia em que o ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, foi um dos acusados.
"Quando lemos notícias que até dão nota de que até houve eventual conhecimento e troca de mensagens com um deputado do Partido Socialista e o primeiro-ministro não sabia? O seu ministro da defesa nacional não lhe disse nada?” Ou, concluiu Cristas, “o primeiro ministro não sabia, e é de uma extraordinária incompetência, ou sabia e então também foi conivente com tudo isto".
Por isso, espera que “as pessoas reflitam muito bem no dia 6 sobre que tipo de governo querem ter. Se querem ter um governo que encobre crimes, que iliba criminosos, que impede a justiça de funcionar, porque aparentemente conhece e dá cobertura a um acordo que impede que os responsáveis pelo furto sejam efetivamente apanhados e punidos” ou “se entendem que basta”.
E desafiou António Costa a “dar explicações públicas sobre este caso”, porque não basta apenas dizer que “é um caso de justiça. Este é um processo que, tanto politica como judicialmente, “está longe de estar encerrado”.
Ao final da manhã, visita às caves da Murganheira, em Ucanha, ainda no distrito de Viseu, mas já no concelho de Tarouca. Uma visita guiada com passagem pelas caves escavadas no granito azulado, a 60 metros abaixo do solo, e em que três milhões de garrafas repouam, durante anos, até que serem colocadas no mercado.
Ao demonstrar um dos processos pelo que passa o espumante, o “Dégorgement à la Volée”, o processo manual de expulsão dos fermentos, José Pinto, líder da concelhia, lança um “banho” de espumante sobre Assunção Cristas.
“Para dar sorte”, explica José Pinto, que acrescenta que também já passaram pela praxe o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bem como Cavaco Silva e Mário Soares.
Surpreendida com o “banho”, a líder do CDS-PP lembrou que tinha “direito acrescido na qualidade de confreira do espumante” a esta praxe.
Esta noite, a campanha prossegue em Leiria.