27 set, 2019 - 02:09 • Susana Madureira Martins
António Costa propõe um acordo de política de rendimentos com os parceiros para a próxima legislatura. O líder socialista também pede força para defender "direitos que conquistámos que não podemos voltar a perder”.
O secretário-geral do PS falava esta quinta-feira à noite, na Casa do Campino, em Santarém, num comício de campanha para as legislativas, onde disse que quer valorizar todos os rendimentos não apenas o salário mínimo nacional.
“Temos de continuar a apoiar os rendimentos das famílias, seguramente, com um grande acordo de políticas de rendimentos que temos de fazer com todos os parceiros sociais para que na próxima legislatura não seja só o salário mínimo a continuar a valorizar-se, mas também todos os salários se possam valorizar de forma decente”, defende o líder socialista.
António Costa fala, em particular, para os mais jovens, “a geração mais qualificada de sempre, a quem, de uma vez por todas, temos de oferecer o rendimento que torne Portugal o local da construção do seu futuro”.
O líder do PS quer mais quatro anos de legislatura, mas para isso é preciso dar força ao partido, com António Costa a dizer que não é preciso que ninguém agradeça o que fez, é preciso é que votem.
“Aqui à entrada do comício uma senhora disse-me uma coisa exatamente igual ao que ouvi hoje em Moscavide: ‘obrigado por ter devolvido a minha reforma’. Eu queria dizer o seguinte: os direitos não se agradecem, os direitos defendem-se, são próprios, ninguém dá nada. Não têm que agradecer nada ao Governo nem ao António Costa, têm que dar força ao PS, ao Governo, ao António Costa para defender os direitos que conquistámos que não podemos voltar a perder”, declarou.
Tal como fizera na quarta-feira à noite, em Loulé, António Costa garantiu que com o PS "o diabo não vem” e Portugal não vai “andar para trás”.
No seu discurso, salientou que o seu Governo "cumpriu todos os compromissos", de que houve estabilidade política nos últimos quatro anos e, mais importante, que "acabou o tempo do sobressalto" para as pessoas, numa crítica ao anterior executivo PSD/CDS.