27 set, 2019 - 00:02 • Paula Caeiro Varela , com redação
O secretário-geral do PSD mantém tudo o que disse sobre o caso de Tancos. O primeiro-ministro, António Costa, “não tem resposta para aquilo que eu disse”, afirmou Rui Rio.
Durante a tarde, o líder social-democrata disse ser “pouco crível” que António Costa não soubesse do encobrimento do caso de Tancos, tendo em conta que o seu ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes foi acusado de vários crimes pelo Ministério Público.
No comício da noite para a campanha eleitoral, Rui Rio voltou ao tema e manteve tudo o que sempre disse sobre julgamentos em praça pública, mas “coisa diferente é quando deixa de estar em segredo de justiça e é do conhecimento público, como aconteceu hoje com o processo de Tancos”.
“Passou a ser público e aí todos nós temos o direito, e nalguns casos talvez o direito, de emitir uma opinião”, defende.
O primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, repudiou as insinuações do adversário na corrida às eleições legislativas.
Rui Rio devolve as críticas: “o primeiro-ministro está a comentar aquilo que eu não disse, porque não tem resposta para aquilo que eu disse. Portanto, comenta aquilo que eu não disse”, atirou.
O líder do PSD considera que não se “antecipou a nenhum tribunal”, nem quebrou “a presunção de inocência de ninguém”, nomeadamente do antigo ministro Azeredo Lopes.
“Agora, do ponto de vista político, nós temos o direito e até, como partido da oposição, o dever de perguntar ao primeiro-ministro se sabia ou não sabia. Se sabia, foi conivente com um crime. Se não sabia, não foi conivente. Mas então ficamos todos a saber que os ministros não dizem ao primeiro-ministro assuntos do maior relevo e que ele tem obrigação de saber”, acusa Rui Rio.