Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Costa responde a Rio sobre Tancos. "Nervosismo", "insinuação lamentável" e "teorias da conspiração"

29 set, 2019 - 21:01 • Ricardo Vieira

Líder do PS e primeiro-ministro, em entrevista à RTP, diz que vai “procurar esquecer tudo o que de lamentável tem acontecido nos últimos dias”, quer as "insinuações" de Rio, quer as “intrigas que envolvem o Presidente da República, coisas lamentáveis”.

A+ / A-

Veja também:


O líder do PS e primeiro-ministro reafirma que nada sabia sobre o encobrimento de Tancos. Em entrevista à RTP, António Costa acusa Rui Rio fazer uma “insinuação absolutamente lamentável”, de “politizar um caso de justiça” e de viver num mundo de “teorias da conspiração”.

"Há muitos meses que disse que nada sabia sobre esse caso e, em particular, sobre a forma como as armas foram recuperadas. E disse-o por escrito nas respostas que dei à comissão parlamentar, onde respondi a dezenas de perguntas que todos os deputados fizeram e a todas as que quiseram fazer. E a comissão teve uma conclusão inequívoca relativamente ao meu desconhecimento, em absoluto desse processo, como aliás não tinha que ter”, afirma António Costa.

O líder do PSD disse que “há uma grande probabilidade” de o primeiro-ministro ter mentido sobre o que sabia sobre o encobrimento da recuperação das armas roubadas em Tancos.

Na resposta, António Costa considera que “Rui Rio faz simplesmente uma insinuação que é absolutamente lamentável”.

“Eu percebo que se possa estar nervoso quando as campanhas não correm bem, mas aquilo que define um político é a capacidade de manter a cabeça fria e nervos de aço nos momentos difíceis.”

“É surpreendente, uma pessoa que eu julgava firme nos seus princípios e que num dia passa de maior inimigo público do Ministério Público, para de repente passar a ser o maior desconfiado quanto aquilo que é a competência própria dos tribunais”, atirou o líder socialista.

Costa tem a certeza que Rui Rio, “quando passar o calor da campanha eleitoral e cair em si, ele próprio concluirá que ao longo desta semana não tem agido à altura do que nos habituamos a ver”.

Questionado sobre como será a relação entre os dois líderes políticos depois deste caso, António Costa promete que vai “procurar esquecer tudo o que de lamentável tem acontecido nos últimos dias”, quer das insinuações de Rio, quer das “intrigas que envolvem o Presidente da República, coisas lamentáveis”.

Nesta entrevista à RTP, António Costa lamenta também que a campanha esteja a ser “contaminada” por Tancos e acusa Rio de “querer politizar um caso que está entregue à justiça e na justiça deve continuar”.

Questionado sobre as notícias dos últimos dias, que obrigaram, inclusive, o Presidente da República a vir a público negar veementemente o seu envolvimento no caso, o líder socialista aproveitou para lançar uma farpa a Rio.

“Eu não vivo nesse mundo das teorias da conspiração. Rui Rio vê conspirações nas sondagens, no Ministério Público, nos tribunais, acha que os jornalistas devem ir para a cadeia se divulgarem aquilo que alguém que violou o segredo de justiça lhes transmitiu. Eu felizmente não tenho essa visão do mundo. Tenho a visão do mundo em que o mundo não é perfeito, tem contradições, e que a garantia principal do sistema de justiça é ser independente, que garante que ninguém está a cima da lei, incluindo ministros e primeiros-ministros, líderes da oposição. Ninguém tem o direito de antecipar condenações”, rematou António Costa.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    30 set, 2019 12:59
    Agostinho de Hipona (354-430) disse que: «Um Estado que não se regesse segundo a justiça, reduzir-se-ia a um grande bando de ladrões». Apesar de tudo, parece que ainda temos boas razões para confiar na Justiça Portuguesa… Mas teremos mesmo?
  • Petervlg
    30 set, 2019 Trofa 10:32
    Não sei porquê tanto alarido, apenas tem que dizer se sabia ou não. é simples e é o que os Portugueses querem saber. na maneira que esta a tornear a questão tudo indica que estava a para da situação toda. que costa gosta de se vitimizar, fazer de coitadinho, toda a gente sabe
  • Joaquimsfs
    30 set, 2019 Tojal 09:50
    De Sócrates, sabemos a herança recebida, de Costa pouco, porém o Céu falou e disse em 1/11/2015: "Há um político que se governar o vosso país, irá deixar a vossa nação mais abalada, e deste abalo, irá começar um período muito crítico para Portugal. Muita coisa nova irá acontecer. Homens, mulheres e crianças irão sofrer consequências justas e injustas, provocadas por erros. Em Fátima meus filhos alertei o mundo inteiro do perigo da ideologia comunista, vos avisando que esta se espalharia pelo mundo todo. A Igreja do Meu Filho Jesus, por várias vezes, já condenou o comunismo e o socialismo, de sorte que um católico fiel não pode jamais apoiar qualquer forma de socialismo, marxismo ou comunismo, nomes diferentes para o mesmo mal ou o mesmo veneno. Vou relembrar-vos novamente as minhas palavras em Fátima. Alertai-vos:” Se atenderdes aos meus pedidos a Rússia se converterá e terão Paz. Se o não fizerdes a Rússia espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados…Mais uma vez, meus filhos, os meus pedidos não foram atendidos, e o comunismo, o marxismo ou socialismo, se espalhou como uma terrível peste pelo mundo. Para se evitar todo este mal meus filhos, é preciso rezar muito o meu Rosário (o terço), fazer penitência, ter devoção ao Sagrado Coração de Jesus Cristo e ao Meu Imaculado Coração." Esta herança, a receber pelos portugueses não será apenas directa, mas indirecta, devida aos pecados nacionais, melhor do Parlamento.
  • João Lopes
    30 set, 2019 09:19
    Agostinho de Hipona (354-430) disse que: «Um Estado que não se regesse segundo a justiça, reduzir-se-ia a um grande bando de ladrões». Apesar de tudo, parece que ainda temos boas razões para confiar na Justiça Portuguesa… Mas teremos mesmo?

Destaques V+