29 set, 2019 - 02:21 • Cristina Nascimento
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O sábado da CDU começou como o de tantas famílias: a acompanhar crianças em atividades extra-escolares. No caso Jerónimo de Sousa foi a Palmela visitar a Sociedade Filarmónica Humanitária, instituição que dá aulas de música a cerca de 400 crianças dos quatro aos 18 anos.
"Cantem como se não estivesse aqui ninguém", dizia o diretor pedagógico aos meninos de uma aula de coro que viram entrar pela sala dentro o secretário geral do PCP e respetiva comitiva (além dos muitos jornalistas).
O líder comunista percorreu várias salas e esteve reunido com a direção da escola. No fim, esclareceu porque que estava ali. "Quisemos chamar à atenção para uma conquista nossa: a redução do IVA para os instrumento musicais".
"Dá uma pequena contribuição para o desenvolvimento do movimento associativo, como aqui, mantendo a tradição aqui da região que é a existência de bandas musicais que fazem parte da nosso património cultural, acrescentou.
Jerónimo já estava na reta final da visita quando foi chamado ao bar para ouvir mais uma prestação musical. Aplaudiu os artistas que depois não perderam a oportunidade de tirar "selfies" com Jerónimo de Sousa.
Feitas as despedidas e os agradecimentos, o líder do PCP parte ligeiro. O próximo encontro é ali próximo, mas totalmente diferente (embora também não falte música).
É um almoço no jardim com imigrantes residentes no bairro social do Vale da Amoreira. Dois panelões de cachupa saciam a fome de todos antes das intervenções políticas.
Toma a palavra Margarida Teixeira, presidente da Associação Angolana Residentes do Sul do Tejo e candida da CDU por Setúbal.
"É uma grande responsabilidade estar aqui"; diz, visivelmente nervosa. "Agradeço o convite que me foi feito pela CDU para me integrar como independente nas eleições legislativas. A minha vida tem sido feita de lutas, com vista a melhorar a sociedade. Por esta razão aceitei este desafio", declara.
"As mulheres imigrantes sofrem por vezes dupla discriminação por serem negras. Participar na lista da CDU é um sinal que quero dar às outras mulheres imigrantes e aos jovens que devem tomar posição para participar na vida política", incentiva Margarida.
Jerónimo de Sousa também toma a palavra para retomar as mesmas ideias que se esforça por transmitir e depois segue a caravana do PCP para Almada. Há um desfile entre o Arsenal do Alfeite e o salão da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense. Jerónimo de Sousa não participa no desfile, mas recebe quem desfilou junto ao edifício da sociedade filarmónica e entram em grande no salão.
Cerca de 600 pessoas enchem por completo o espaço para ouvir as intervenções. Duas horas depois, termina o comício e aí vai o secretário-geral fazer quase 200 quilómetros. Vai jantar à Casa do Povo de Sines, oportunidade para repetir os mesmos argumentos.
"O resultado da CDU ainda está em construção, não deixem de falar com um amigo, um familiar, um conhecido. Cada voto a menos na CDU, é mais uma fragilidade", diz.