29 set, 2019 - 18:34 • Paula Caeiro Varela , com redação
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O secretário-geral do PSD, Rui Rio, acusa o Partido Socialista de baixar o nível da campanha eleitoral para as legislativas, numa resposta às críticas do ministro Augusto Santos Silva às insinuações sociais-democratas sobre o caso de Tancos.
“É um disparate sem grande conteúdo. Não atirei com instituições para a lama coisa nenhuma. Eles é que baixaram um bocado o nível”, disse Rui Rio aos jornalistas, este domingo, em Buarcos.
O líder do PSD, que antes no Twitter tinha acusado Augusto Santos Silva de ser “trauliteiro”, disse depois de viva voz que o atual ministro dos Negócios Estrangeiros recuperou o hábito antigo, dos tempos dos governos de José Sócrates, de “malhar na direita”.
“O dr. Augusto Santos Silva voltou àquilo que era antigamente. Quando era membro do Governo do eng. Sócrates, dizia que gostava muito de malhar na direita. Comportou-se um bocadinho melhor nestes anos do governo do dr. António Costa, voltou àquilo que era no tempo do eng. Sócrates. Eu mantenho-me no mesmo patamar”, garantiu Rui Rio.
O secretário-geral social-democrata considera que é o PS que está a meter o caso de Tancos na campanha eleitoral, mas diz que não está disposto para dançar essa dança.
“Para dançar o tango são precisos dois e para a tensão crescer também são precisos dois. Eu aqui vejo um. O outro não está a dançar tanto o tango, que é o meu caso. Eu não estou muito disponível para entrar nessa escalada, como se nota no PS, com intervenções como, por exemplo, do ministro Augusto Santos Silva, do presidente do PS, Carlos César… Há aqui um crescendo de tensão, mas eu mantenho-me rigorosamente na mesma”, afirmou.
Segundo Rui Rio, “o PS pede muito que o PSD o poupe relativamente a Tancos”, mas depois acaba por referir o tema nas intervenções dos seus responsáveis.
“Nem sequer falo nisso, e depois são eles próprios que vêm com Tancos para a agenda do dia. Isso significa que há ali um desnorte no Partido Socialista”, acusa Rui Rio.